A construção de projetos
hidrelétricos maiores e complexos está sendo mais ágil do que a dos
empreendimentos menores. A situação tem levado à antecipação da geração de
energia nos projetos maiores e o atraso no início de operação dos menores. A
antecipação da geração é benéfica. Permite que a usina seja incluída nas opções
do ONS. Já o atraso onera a conta de luz, pois o ONS autoriza a geração térmica
(mais cara e poluente). O governo tem avaliado se um projeto vai ou não sair na
data combinada e retirou da lista de projetos para 2011 seis térmicas a óleo. A
decisão mexeu com a previsão do ONS e resultou na mudança súbita do PLD. Parte
dos agentes do mercado livre reclamou. Quem não tinha contrato para lastrear as
vendas foi obrigado a comprar com preços muito maiores. Muitos agentes vendem
energia que não possuem, e compram energia no mercado. Quando há chuva
abundante, o PLD tende a ser baixo e favorece esses negociadores. (Folha de São
Paulo – 03.09.2010)
Sexta, 3 de setembro de 2010
Usinas hidrelétricas maiores funcionam antes do previsto
MPF diz que apoia manifestação dos impactados pela UHE Estreito
O procurador da República no
Tocantins, Álvaro Manzano, tem apoiado a manifestação pacífica realizada pelos
impactados pela UHE Estreito (TO/MA, 1.087 MW)
contra o tratamento que vem sendo prestado pelo Ceste. “De forma geral,
o Ceste tem tratado muito mal os impactados pela obra. A recusa em participar
de reuniões e negociar agrava ainda mais a situação”, disse. Entre as propostas
dos manifestantes estão o reconhecimento de meeiros, arrendatários e
extrativistas, que foram cadastrados pelo Incra, mas não recebem tratamento do
consórcio; definição e cumprimento de acordos com os povos indígenas;
negociação para resolver problemas estruturais nos reassentamentos; revisão das
áreas consideradas de risco, com possíveis novas indenizações; reconhecimento e
indenização de barqueiros e barraqueiros e reposição das áreas públicas
alagadas para assentar famílias carentes. (Canal Energia –02.09.2010)
Consulta pública debate propostas de metodologias para cálculos em revisão tarifária
A Aneel abriu uma consulta
pública para o recebimento de contribuições referentes a uma proposta de
metodologia para cálculo dos custos médios das redes de distribuição de energia
elétrica e outra para a padronização da forma de cálculo do diagrama de
proporção de fluxos. Ambas serão empregadas no cálculo dos custos marginais de
capacidade, que são utilizados para o rateio dos custos de fio no processo de
revisão tarifária periódica. O prazo se encerra no próximo dia 23 de setembro.
Para acessar os documentos relativos à consulta pública, acesse a página da
Aneel. (Canal Energia –02.09.2010)