A EPE espera que o leilão de
concessão de 10 usinas hidrelétricas, cuja potência somada é de 3.820 MW,
aconteça ainda em 2010, apesar do tempo restrito para que sejam resolvidos
entraves como a concessão de licenças ambientais e a publicação de editais. No
último dia 10, foram entregues ao TCU (Tribunal de Contas da União) os estudos
para as usinas de Teles Pires, Sinop e São Manuel (na bacia do Teles Pires) e
Riacho Seco, no Rio São Francisco. Tolmasquim afirmou que espera que o leilão
das usinas aconteça em meados de dezembro. Mas como o edital precisa ser
publicado no mínimo um mês antes do certame, o prazo se torna apertado.
"Isso também depende das licenças saírem a tempo", comentou o
presidente da EPE, referindo-se às autorizações do Ibama e do Sema-MT. O
presidente da EPE afirmou que os estudos encaminhados ao TCU já incluem uma
estimativa de preço-teto por MWh. "Com estas usinas, estamos caminhando
para ter um suprimento apenas de energia renovável em 2015", disse
Tolmasquim. (Brasil Econômico - 18.09.2010)
Segunda, 20 de setembro de 2010
EPE espera leiloar mais 10 hidrelétricas ainda em 2010
Foz do Chapecó instala rotor
Furnas concluiu a descida do
terceiro rotor da hidrelétrica Foz do Chapecó (855 MW). A usina, que fica no
rio Uruguai e deve iniciar a geração
Valor da conta de luz no Brasil gera debate
O Brasil tem hoje uma das
contas de luz mais caras do mundo. A tese de que a única razão para isso está
nos tributos e nos encargos começa a perder força. Trabalhos publicados por
economistas do BNDES, técnicos do Dieese e especialistas do setor elétrico
apontam que a explosão do preço da energia coincide com o período
pós-privatização. Cresce a ideia de que a mudança de paradigma empreendida na
metade da década de 90 tem muito a ver com isso. Foi quando o Brasil desmontou
o antigo sistema, eliminou o modelo que calibrava o preço da energia para o consumidor
a partir do custo da geração e da distribuição e instituiu um sistema a partir
do qual o preço da energia seria definido pelo mercado, com base numa suposta
competição. A estrutura de mercado gerou custos antes inexistentes, uma vez que
foi necessário criar uma estrutura enorme que não gera um KW/h para tentar
mimetizar um sistema de mercado. Segundo Daniel Passos, técnico do Dieese e
estudioso do modelo brasileiro, o atual modelo também amplia uma distorção
regional. (Folha de São Paulo – 18.09.2010)