A revisão tarifária da
energia de Itaipu Binacional suscita não só aspectos econômicos e contratuais,
mas a reivindicação paraguaia de que o Brasil deve colaborar para o crescimento
do país. Na avaliação de especialistas do Paraguai, e do próprio governo do
presidente Fernando Lugo, a maior economia da América do Sul deveria abdicar de
direitos para ajudar no desenvolvimento da população vizinha, instalando
empresas, criando empregos e subsidiando o valor da energia que cabe ao outro
lado da fronteira. “O Brasil é um motor. Compartimos 300 mil ‘brasilguaios’ e
temos outros aspectos a negociar”, diz o analista paraguaio Guillermo Flores.
Como exemplo de cooperação, ele cita a criação de condições para que empresas
brasileiras se instalem no Paraguai, já que a carga fiscal lá é menor. “Muitas
empresas brasileiras poderiam se instalar a 100 metros dentro da fronteira
paraguaia, o que seria muito mais valioso que uma renegociação de preços de
Itaipu. Necessitamos de investimentos, tecnologia e criação de postos de
trabalho”, diz. De acordo com ele, não é interessante para o Brasil ter um
vizinho pobre. “Se o Paraguai cresce, vai comprar prioritariamente do Brasil e
todos ganharemos”, diz. (ABRACE – 21.09.2010)
Quarta, 22 de setembro de 2010
Paraguai pretende trocar energia por empresas e infraestrutura
Bolívia: YPFB Chaco investirá U$$ 50 mi em exploração de poços
A subsidiária YPFB Chaco,
informou ontem que investirá 50 milhões de dólares em exploração de poços nos
departamentos de Sucre, Santa Cruz e Cochabamba. O projeto Carrasco-Este em
Cochabamba, Vuelta Grande Profundo de Sucre e Perchele de Santa Cruz são os de
maior importância e magnitude, na medida em que se investe cerca de 50 milhões
de dólares oriundos de recursos da YPFB Chaco. “Este investimento será aplicado
nos três projetos de exploração e estará dividido em relação aos gastos em dois
anos”, destacou Pedro Torquemada, presidente da YPFB Chaco. Segundo o
executivo, estes investimentos estão em etapa de estudos para verificar se são
poços viáveis ou não de exploração. O projeto do departamento de Cochabamba já
se encontra em construção e o de Sucre na etapa final de aprovação para o
início de atividades no último trimestre deste ano. “ Existem condições de
exploração, há estudos estimativos da reserva mas não sabemos com precisão o
início da exploração”, destacou o presidente. (El Diário - Bolívia –
21.09.2010)
Uruguai está próximo de acordo para usina de gás
O presidente José Mujica
destacou a importância das relações com a Argentina e a anunciou um acordo
iminente para a instalação de uma usina regasificadora. “Há um coisa que não
deveríamos duvidar: vivemos sobre uma das margens mais importantes do estuário
do Plata que nos separa, mas que também pode nos unir”, disse Mujica. Neste
sentido, o mandatário destacou: “ temos que construir nossa estratégia de
futuro do país” e para isso é necessário “diversificar a matriz energética”.
Com isso, anunciou que está a ponto de fechar um acordo com a Argentina para a
instalação de um usina com capacidade de produção de 10 milhões de metros
cúbicos diários de gás. A usina regasificadora que será instalada próxima de
Montevidéu, abarcando um investimento de US$ 300 milhões, “diversificaria nossa
matriz energética para consumo, para produção de energia elétrica e limitaria a
necessidade de expansão das refinarias”, concluiu o mandatário. (El Pais –
Uruguai – 21.09.2010)