O presidente da EPE, Maurício
Tolmasquim criticou a situação atual das tarifas cobradas pelo consumo de
energia elétrica no Brasil. Segundo o executivo, com os altos impostos, o país
perde competitividade além de fazer com que os consumidores não se beneficiem
do sistema de leilão por modicidade tarifária, quando uma pessoa jurídica ou
consórcio ganha concessão de uma usina ao oferecer a menor tarifa para o
consumidor final. "O ganho de competitividade que existe no Brasil com a
existência de um grande número de hidrelétricas é perdido com o elevado ICMS
cobrado sobre a energia", comentou. O presidente da EPE lembrou que o
custo da geração de energia hidrelétrica é decrescente, já que há anos os
leilões privilegiam a modicidade tarifária. Porém, destacou, o País abre mão
desta vantagem em nome da arrecadação fiscal. Tolmasquim citou a Europa como
exemplo. Segundo ele, neste continente, a incisão de impostos sobre a energia é
quase nula, enquanto no Brasil temos uma carga bastante pesada de encargos
setoriais. Entretanto, ressaltou que essa é uma situação muito difícil de
reverter, pois, no caso do ICMS, a alíquota muda de acordo com o estado em que
a energia é consumida. Por isso, Tolmasquim sugeriu que haja uma discussão
forte acerca do assunto no Congresso Nacional. (Estado de São Paulo –
30.09.2010 e Setorial News-29.09.2010)
Quinta, 30 de setembro de 2010
Tolmasquim critica elevadas tarifas de energia no Brasil
EPE vê antecipação no início de geração em Santo Antônio e Jirau
As obras das usinas de Santo
Antônio e Jirau, no rio Madeira, estão bem adiantadas, segundo o presidente da
EPE, Maurício Tolmasquim, que prevê uma antecipação em um ano no início da
geração de energia das duas hidrelétricas.
"O que está acontecendo é impressionante. Vai antecipar em um ano.
As obras estão indo muito rápido. Estive lá duas vezes e cada vez está
completamente diferente", disse Tolmasquim. Segundo ele, os procedimentos
e técnicas de construção de usinas têm evoluído com o modelo, o que o
presidente da EPE classificou como uma "revolução no setor". Em
dezembro, a Aneel vai realizar um novo leilão de hidrelétricas para entrarem em
operação a partir de 2015. Das dez usinas programadas para a licitação, apenas
cinco devem ser leiloadas. No entanto a usina âncora da concorrência, Teles Pires,
em MT, está bem encaminhada. “Ela entrando, a gente fica muito tranqüilo mesmo
que alguma outra não entre. Ela sozinha garante o leilão", avaliou
Tolmasquim. (Estado de São Paulo – 29.09.2010)
Consórcio Santo Antônio Civil poderá atuar como autoprodutor de energia
O Consórcio Santo Antônio
Civil, responsável pelas obras da hidrelétrica de Santo Antônio (RO, 3.150 MW),
poderá atuar como autoprodutor de energia. A autorização para as construtoras
Norberto Odebrecht S.A. e Andrade Gutierrez S.A a, que compõem o consórcio, foi
concedida pela Aneel na última terça-feira, 28 de setembro. As empresas poderão
implantar e explorar a Usina Termelétrica Central Geradora de Emergência (RO,
9,125 MW), localizada no município de Porto Velho, em Rondônia. (Canal Energia-29.09.2010)