Empresas de geração de
energia já se movimentam para investir na instalação de novas turbinas para
aumentar a capacidade de suas hidrelétricas graças à perspectiva de que a Aneel
edite, em breve, nova regulamentação sobre a chamada repotencialização das
usinas. A medida poderá acrescentar, ao menos, 5.300 MW de energia ao sistema,
segundo previsão da Abrage. Estudo da entidade revela que as estatais estaduais
Cemig (MG), Copel (PR) e Cesp (SP), e a federal Eletrobras-Chesf são as
empresas que mais vão se beneficiar. Juntas, essas companhias podem colocar
mais 4.200 MW. Hoje, porém, se investirem para ampliar a capacidade, elas não
têm para quem vender a energia, já que há um vácuo legal. Não existe nenhum
mecanismo, nem em lei nem na regulamentação interna da Aneel, que permita a
comercialização desse excedente a ser gerado. A Aneel estuda o assunto em
esfera técnica e enxerga a necessidade de resolvê-lo logo. A previsão é que, no
máximo no próximo mês, a questão siga para apreciação da diretoria colegiada da
agência. (Folha de São Paulo – 11.10.2010)
Quarta, 13 de outubro de 2010
Aneel deve editar regra liberando a instalação de novas turbinas para ampliar capacidade das hidrelétricas
Novas usinas e as hidrovias
Os grandes reservatórios das
hidrelétricas construídas ajudavam a dar condições de navegabilidade aos rios,
pois as áreas alagadas corrigiam as corredeiras e quedas d’água. Para diminuir
os impactos ambientais, o governo decidiu construir as novas usinas no regime
de fio d’água, que reduz o alagamento das áreas. De acordo com estudo
preliminares, para tornar o Rio Teles Pires navegável dentro do regime de fio
d’água, o governo teria de investir algo em torno de R$ 14 bilhões. A importância das hidrovias
pesa na hora de decidir onde investir. Se o investimento estimado para Teles
Pires fosse aplicado no Tietê-Paraná, a quilometragem de navegação no complexo
saltaria dos atuais
Modernização da rede elétrica
Um passo para a modernização
da rede elétrica nacional está sendo dado pela Aneel com a abertura da
audiência pública sobre o modelo de medidor eletrônico de consumo de energia
elétrica que implementará os medidores eletronicos, objetivando preparar todo o
sistema para operar dentro do que é chamado redes inteligentes de distribuição
de energia – ou smart grids. As regras para a primeira etapa deverão estar
definidas no primeiro semestre de 2012. Deverá ser concedido prazo de 18 meses
para as concessionárias começarem a instalar os medidores inteligentes em
residências novas ou para substituir os que quebrarem. Quanto à substituição
dos atuais, as regras para isso só serão submetidas a audiência pública no
segundo semestre do ano que vem. (Estado de São Paulo – 12.10.2010)