A Presidente Dilma realizou
encontros com presidentes e delegações estrangeiras onde a pauta da integração
energética foi uma questão sempre presente. O presidente do Peru reafirmou e
reforçou o interesse de receber investimentos do Brasil (via Eletrobras) na
construção de complexo hidroelétrico estimado em cerca de 6.000 MW para
exportar excedente para o Brasil. Já foi assinado Tratado entre os dois países
e o Peru, com esta declaração, reafirma o modelo de crescimento econômico do
atual governo que tem como elemento dinâmico os setores voltados para
exportação. Como estes setores são do segmento mineração-metalurgia e
eletro-intensivo a demanda interna de energia elétrica cresce a taxas
expressivas, abrindo assim a necessidade de ampliação da capacidade instalada a
custos competitivos. Desta forma, com esta possibilidade de integração
energética com o Brasil, o Peru estaria simultaneamente mitigando riscos de
racionamento pontuais e seletivos, bem como criando mais uma fonte de geração
de divisas. (GESEL-IE-UFRJ – 03.01.2011)
Segunda, 3 de janeiro de 2011
A Agenda da Dilma para a Integração Energética: Peru
A Agenda da Dilma para a Integração Energética: Paraguai
A pauta elétrica com Paraguai
resume-se ao pleito de alterar o Tratado de Itaipu objetivando gerar mais
divisas. Esta questão depende hoje exclusivamente da aprovação do Congresso
brasileiro. Entre os pontos do Tratado que mais interessam ao Paraguai é o de
deter o controle sobre os 50% que lhe cabem na geração de energia elétrica.
Pelo Tratado o que não é consumido internamente ( cerca de 95%) só pode ser
vendido ao Brasil através da Eletrobras. Uma das alternativas para o Paraguai é
atrair grupos eletro-intensivos para o país, com tarifas baixas e assim
melhorar a composição e volume da pauta de exportação. (GESEL-IE-UFRJ –
03.01.2011)
A Agenda da Dilma para a Integração Energética: Bolívia
A ausência do presidente Evo
Morales na posse da Presidente e na reunião previamente agendada para dia 2,
deveu-se à Crise do Gasolinaço que tomou proporções preocupantes para um
governo que tem no apoio popular sua principal base de sustentação. No entanto,
a agenda de energia continua em aberto tende a ganhar mais importância em
função das necessidades crescentes de investimentos, principalmente na área de gás
natural. No momento a Bolívia prepara uma nova lei de energia elétrica que
deverá contemplar a possibilidade de parceria entre a ENDE e a Eletrobras. A
indicação do Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães para o cargo de alto
representante do Mercosul e a confirmação do Prof. Marco Aurélio na Assessoria
Internacional da Presidência são canais consistentes que certamente irão pesar
no processo de integração energética entre Brasil e Bolívia. (GESEL-IE-UFRJ –
03.01.2011)