No fim de seu mandato, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, por meio de MP, prorrogar por
mais um ano o prazo de vencimento do Proinfa. A decisão livrou os responsáveis
pelos projetos de sanções e multas que, segundo a Aneel, poderia chegar a 1% do
faturamento. Até a semana passada, a Aneel ainda não tinha uma posição sobre o
assunto e, segundo Rui Guilherme Altieri, superintendente de regulação dos
serviços de geração da Aneel, seria iniciada uma fiscalização sobre as razões
dos atrasos. O balanço mais atual dos 144 projetos elaborados pela agência
mostra 30 projetos com pendências. Na lista dos atrasados estão 10 PCHs, 14
eólicas e seis térmicas. A previsão da Aneel é de que 797,3 MW dos 3.149 MW já
contratados sejam entregues até o fim deste ano. Segundo Altieri, o governo não
deverá promover uma segunda edição do programa, uma vez que, segundo ele, o
Proinfa já teria cumprido a sua tarefa de estimular o mercado de energias
alternativas. (Valor Econômico – 04.01.2011)
Terça, 4 de janeiro de 2011
Lula edita MP que prorroga prazo de vencimento do Proinfa
PMDB pode perder peso no setor elétrico
A presidente Dilma Rousseff
vai propor que Flávio Decat comande a Eletrobrás, desbancando o poder do PMDB
na holding, hoje presidida por José Antonio Muniz Lopes Filho, afilhado do
presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A Eletrobrás é o exemplo mais
claro de uma disputa entre PT e PMDB pelo segundo escalão do setor elétrico. A
área sempre foi considerada um feudo pemedebista, especialmente do clã Sarney.
O caso mais complicado é o de Furnas, no Rio. O PT está ansioso para tirar a
estatal do comando do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). (Valor Econômico –
04.01.2011)
Concessões: Lobão quer solução rápida para impasse
O Ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão, defendeu nesta segunda-feira (3) que a questão das
concessões do setor elétrico seja solucionada o quanto antes. Para o ministro,
será necessário "madrugar" para resolver esta questão.
"Estudamos essa questão na minha administração e na do Márcio Zimmerman e
teremos uma definição com a presidente Dilma", afirmou Lobão, após a
cerimônia de transmissão do cargo. Daqui a quatro anos, cerca de 20% dos
contratos de geração e mais de 30% dos contratos de empresas de distribuição
começam a expirar e estas concessões teriam de retornar à União, como prevê a
lei atual. A legislação só permite a renovação das concessões apenas uma vez.
(Setorial News – 03.01.2011)