O Cade decidiu aprovar com
restrições a compra da Cosan pela Shell. O órgão antitruste determinou que o
negócio só terá validade caso a multinacional venda os ativos da Cosan para
outra empresa, de forma que um novo fornecedor possa entrar no mercado e
retomar o ambiente de concorrência pré-fusão. Caso a Shell não venda os ativos
da Jacta — subsidiária do grupo Cosan —, nos próximos 90 dias, o Cade pode
cancelar o negócio. Segundo o presidente interino do órgão, Fernando Furlan, a
Shell teve cerca de 60 dias para apresentar uma proposta que pudesse afastar as
preocupações relativas à negociação, mas o documento, apresentado às vésperas
da reunião de ontem, foi insuficiente para receber o aval do conselho. Atualmente,
duas empresas dominam o mercado brasileiro de combustíveis para aeronaves: a
Petrobras e a Shell. (Correio Braziliense – 10.02.2011)
Quinta, 10 de fevereiro de 2011
Compra da Cosan é aprovada
Setor sucroenergético está carente de investimentos em tecnologia
Em
Unica: políticas públicas mais estáveis para o etanol e a bioeletricidade
Um novo ciclo de
investimentos no setor sucroenergético vem sendo discutido desde o ano passado
entre Marcos Jank, presidente da Unica, e representantes do governo. A idéia de
Jank é viabilizar linhas de crédito para as plantas greenfields por meio de um
programa de financiamento de dois a três anos e ampliar a renovação dos
canaviais, cujo índice é baixo, com a introdução de novas variedades de cana
com maior teor de açúcar. Também são necessários investimentos no recolhimento
de bagaço do campo, cujo volume é crescente, no transporte de cana e na
mecanização da colheita. "É no campo que está o gargalo dos custos de
produção. Precisamos reduzir esses índices e aprimorar a gestão dos canaviais,
a fim de reduzir a volatilidade dos preços do etanol e do açúcar", avalia
Jank, que reconhece o continuo apoio do governo ao setor, mas se preocupa
quanto ao fato de que o Brasil vai se tornar um grande produtor de petróleo.
"Precisamos de políticas públicas mais estáveis para o etanol e a
bioeletricidade", diz. (Globo Rural – 08.02.2011)