A Energia Sustentável do
Brasil, concessionária de Jirau, informou que as obras da hidrelétrica de
Jirau, do Rio Madeira (RO), serão retomadas nesta segunda-feira, (21). Em nota,
a empresa disse que a retomada das atividades no canteiro de obras da usina
será possível graças à presença da Força Nacional, da Polícia Federal e da
Polícia Militar de Rondônia, que estão no local para garantir a ordem e a
integridade dos funcionários na volta ao trabalho. A concessionária informou
que itens essenciais para a continuidade das obras, como a cozinha e os
restaurantes, estão preservados. Os alojamentos de uma das empresas
contratadas, com capacidade de abrigar 1,5 mil funcionários, não sofreram danos
significativos. Nas estruturas existentes, seria possível abrigar até 7 mil
empregados. (Estado de São Paulo – 18.03.2011)
Segunda, 21 de março de 2011
Obras de Jirau serão retomadas na próxima segunda
Jirau: consórcio discute andamento da obra, mas desvio do rio continua prioritário
Os acionistas do consórcio
Energia Sustentável do Brasil, que controla a hidrelétrica de Jirau, se reúnem
hoje no Rio para discutir as novas prioridades da obra, que está paralisada. O
presidente da empresa, Victor Paranhos, viaja para Rondônia, para ver de perto
os estragos. O consórcio ainda não sabe a dimensão dos danos materiais, que têm
cobertura de seguro do Bradesco. Paranhos disse que o desvio do rio, um marco
importante da obra que antecede a barragem, continua prioritário. Mas deve
atrasar de julho, prazo inicialmente previsto, para agosto. A paralisação da
obra, causada por seguidos ataques às instalações, deve afetar ainda mais o
prazo para instalação da casa de força número 1, em construção na margem
direita do rio Madeira. (Valor Econômico – 21.03.2011)
Em Jirau, pressão por mudanças
As cenas de destruição e
vandalismo registradas nos últimos dias na usina de Jirau, em Rondônia,
reacenderam o debate sobre a urgência de um "reposicionamento" nas
relações da construtora Camargo Corrêa com trabalhadores, sindicatos, empresas
prestadoras de serviços, Justiça e governo. As pressões por mudanças nessas
relações devem afetar o cronograma da usina. O pânico vivido nas cidades
próximas da usina e na capital do Estado, e a fuga em massa de quase 20 mil
operários, reforçaram esses argumentos.