O fechamento de usinas
nucleares no complexo de Fukushima deve obrigar o Japão a racionar energia. O
período de racionamento pode durar até dois anos, estimam especialistas. Seis
refinarias de petróleo foram paralisadas temporariamente, reduzindo em 30% a
produção de combustível. "O custo da energia no país vai subir. E o Japão
vai ter que adotar uma política de racionamento muito séria até as fontes
alternativas de energia estarem em funcionamento", avalia o coordenador do
grupo de estudos do setor elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro. O Japão já usa
usinas térmicas como sua principal fonte de geração de energia. As usinas
nucleares eram 27% do total -a segunda principal fonte de energia. Mas a
política energética japonesa previa que, até
Segunda, 21 de março de 2011
GESEL: Japão vai ter que adotar política de racionamento até as fontes alternativas de energia estarem em funcionamento
Autoridades japonesas defendem demolição da usina de Fukushima
O chefe de gabinete do
governo do Japão, Yukio Edano, sugeriu neste domingo (20) a demolição da Usina
Nuclear de Fukushima Daiichi em decorrência das explosões e vazamentos
ocorridos no local. Mas, segundo Edano, a recomendação deve ser submetida a
procedimentos técnicos e políticos. Ele acrescentou ainda que não há definição
sobre o retorno das operações dos reatores da usina. As informações são da rede
estatal de televisão do Japão, a NHK, e da Agência Internacional de Energia
Atômica (AIEA). No sábado (19), o governo do Japão confirmou que os acidentes
nucleares causaram a contaminação de iodo na água e no meio ambiente em torno
na região de Fukushima. As autoridades japonesas pediram apoio das agências
internacionais para verificarem os níveis de contaminação. (Setorial News –
20.03.2011)
EUA: segurança deve ser prioridade em usina nuclear
O subsecretário para Política
Internacional do Departamento de Energia dos Estados Unidos, David Sean Dalow,
afirmou na tarde de hoje que o acidente nuclear no Japão mostrou que é preciso
colocar a segurança como prioridade. Segundo ele, mesmo com o acidente, a
geração de energia nuclear vai continuar desempenhando um papel importante no
setor de energia mundial. Dalow está substituindo o secretário de Energia do
governo dos Estados Unidos, Steven Chu, na visita ao Brasil. Ele ficou nos
Estados Unidos para avaliar os efeitos do desastre nuclear no Japão. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), Maurício Tolmasquim, também presente ao evento, afirmou que a questão de
segurança deve ser revista mundialmente após o acidente nuclear no Japão. (Estado de São
Paulo – 20.03.2011)