O primeiro-ministro japonês,
Naoto Kan, disse nesta terça-feira que a energia nuclear vai continuar a
desempenhar um papel significativo nas políticas energéticas do país, embora a
energia renovável também seja um pilar-chave dessa política. O governo está
revisando sua política energética de longo prazo e o papel da energia. Kan
disse em entrevista coletiva que o Japão precisa revisar sua política
energética básica sem qualquer ideia pré-concebida, ao mesmo tempo que busca
garantir o uso mais seguro da energia nuclear e persegue fontes renováveis,
como eólica, solar e biomassa. "A atual política energética básica visa
que mais de 50 por cento do fornecimento total de eletricidade venham da
energia nuclear, enquanto cerca de 20 por cento virão de fontes renováveis em
2030. Mas agora esse plano básico precisa ser revisado do zero após esse grande
incidente", disse Kan. (Reuters – 10.05.2011)
Terça, 10 de maio de 2011
Premiê diz que usina nuclear seguirá tendo papel-chave no Japão
China amplia normas para segurança nuclear
A China está ampliando as
normas de segurança para energia nuclear após o desastre da usina japonesa
Fukushima Daiichi, embora provavelmente o país continue com seu programa
ambicioso de desenvolver essa fonte de energia. De acordo com notas publicadas
no site do Ministério de Proteção Ambiental, novos padrões de relatórios de
acidentes e gerenciamento de materiais radioativos entraram em vigor em 1º de
maio.O governo também exigiu inspeções de segurança das usinas existentes, uma
revisão de projetos em construção e padrões melhorados. Os fiscais estão
tentando acabar as inspeções antes de agosto e um plano nacional de segurança
nuclear será lançado em seguida. (Diário do Grande Abc – 09.05.2011)
Até 77% da energia poderá ser renovável em 2050, diz ONU
Até 77% da energia elétrica
consumida no mundo poderá vir de fontes até 2050. O número poderá ser
considerado um grande avanço ante a participação de só 13% dessas fontes em
2008, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira, pelA ONU.
"Com o suporte de políticas na área climática e energética, as fontes
renováveis podem contribuir significativamente para o bem-estar do homem e
estabilização do clima", defendeu o professor Ottmar Edenhofer. Ele é
corresponsável pelo grupo de trabalho que reuniu 120 pesquisadores na
compilação do relatório. O estudo fez uma avaliação de quatro possíveis
cenários para as próximas quatro décadas, levando em conta o crescimento da
população, o consumo de energia per capita e a eficiência da produção, o
consumo de energia e custo-benefício das fontes renováveis. No cenário
considerado mais otimista pelo IPCC, 77% de energia seriam provenientes de
fontes renováveis, enquanto no pior cenário esse índice ficaria em 15%. (Estado
de São Paulo – 09.05.2011)