Apesar de só agora confirmar
oficialmente a moderação na proposta de exploração hídrica da Amazônia, o presidente
da EPE, Mauricio Tolmasquim, afirma que a decisão foi tomada, oficialmente, no
ano passado. Na ocasião, uma reunião do CNPE avalizou a proposta, que cria, no
entanto, um novo desafio para o governo: reduzir ao mínimo o impacto da
comercialização do gás do pré-sal para os consumidores. Embora tenha evitado
maiores detalhes sobre as propostas em discussão, o presidente da EPE admite
que a modicidade tarifária deve ser preservado por meio de uma fórmula que
dilua o alto custo do gás no preço do petróleo associado de Santos. (Brasil
Econômico – 10.05.2011)
Terça, 10 de maio de 2011
Tolmasquim: desafio para o governo é reduzir ao mínimo o impacto da comercialização do gás do pré-sal para os consumidores
Dilma quer anunciar o novo valor do excedente da energia de Itaipu em Assunção
A presidenta Dilma Rousseff
encerra no próxim dia 23, em Montevidéu (Uruguai), o ciclo de viagens aos
países do Mercosul. No domingo (15), ela segue para Assunção, no Paraguai, onde
pretende anunciar o novo valor que o Brasil vai pagar pelo excedente da energia
gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. A previsão é que o projeto de decreto
legislativo que aumenta o valor seja votado nesta terça-feira (10) à tarde pelo
Senado. O Paraguai usa apenas 5% da energia a que tem direito. O excedente é
comprado exclusivamente pelo Brasil. O valor a ser pago ao governo paraguaio
passará de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões. Na solenidade estarão presentes vários
presidentes da América do Sul e do Caribe e a expectativa é que Dilma se reúna
com alguns deles, disse o assessor especial para Assuntos Internacionais da
Presidência, Marco Aurélio Garcia. As visitas aos países do Mercosul fecham o
ciclo considerado prioritário por Dilma que, quando tomou posse, avisou que a
América do Sul ocuparia lugar de destaque na política externa, assim como a
questão dos direitos humanos e o combate à pobreza. (Jornal do Brasil –
09.05.2011)
Tolmasquim: energia velha representa um elemento a mais nas discussões sobre as concessões do setor elétrico
O vencimento no próximo ano de
boa parte dos contratos de energia existente, também conhecida como energia
velha, aumenta a urgência de uma definição do destino das concessões de usinas
e linhas de transmissão que vencem em 2015. Presidente da EPE, Mauricio
Tolmasquim adverte que, sem a definição, os novos contratos poderão ser
renovados por, no máximo, três anos - ano de vencimento das concessões.
"Os contratos só podem valer pelo prazo das concessões", justifica.
Diante do impasse, Tolmasquim lembra que a chamada energia velha representa um
elemento a mais nas discussões sobre as concessões do setor elétrico. Embora defenda uma resposta ainda este ano -
cuja discussão se arrasta há pelo menos dois anos -, ele diz que os leilões de
energia existente representam o limite para uma definição. “E, caso prorrogue
(as concessões), qual o mecanismo para
isso? Como capturar uma parte dessa renda, que é a diferença para as usinas já
amortizadas, em prol da modicidade tarifária", questiona Tolmasquim, ao afirmar
que o tema tem sido discutido pelo Ministério de Minas e Energia. (Brasil
Econômico – 10.05.2011.)