A francesa Areva SA aposta
numa retomada mundial da energia nuclear, mesmo com os efeitos da crise no
Japão continuando a reverberar. Com os governos sob pressão para reconsiderar a
energia nuclear, a presidente executiva da Areva, Anne Lauvergeon, está fazendo
campanha para manter seu emprego e salvar a reputação do setor. "Depois de
Fukushima, o mundo não está dizendo 'Não' para a energia nuclear", disse
Lauvergeon ao Wall Street Journal. Na última década, a Areva, cujos negócios
incluem minas de urânio e reciclagem de lixo nuclear, gastou bilhões de euros
desenvolvendo o que a empresa descreve como reatores ultraseguros. Muitos
analistas e alguns clientes disseram que a última geração de reatores da Areva,
que custam aproximadamente 6 bilhões de euros, ou cerca de US$ 8,5 bilhões
cada, são muito caros para serem competitivos. "Estávamos num mundo
maluco", onde alguns investidores não estavam preparados para pagar por
mais segurança, diz Lauvergeon. (Valor Econômico – 31.05.2011)