A emissão da licença de
instalação da UHE de Belo Monte permitirá o início de uma obra necessária e
importante para o sistema elétrico nacional, mas ainda preocupa os analistas
entrevistados. O coordenador do Gesel/UFRJ, Nivalde José de Castro, observa que
as obras da UHE Belo Monte fazem parte de um processo de avanço da fronteira
elétrica para região Amazônica, que inclui, entre outros projetos, as obras das
usinas de Santo Antonio, Jirau e do complexo de Teles Pires. Segundo Nivalde,
essas obras indicam o destaque que a energia hidráulica ainda possui no país.
"Esse é um empreendimento importante para o país. Se compararmos com
qualquer outra fonte, o custo ambiental é muito maior que Belo Monte",
avaliou. Ele destacou ainda que o custo da energia hidrelétrica no Brasil está
continua competitivo na comparação com os praticados no mundo. Além disso,
Nivalde defendeu que a pressão em torno da sustentabilidade de projetos hidrelétricos
garante que os consórcios cumpram as exigências sócioambientais e os programas
de desenvolvimento regional. Ele estima que erros como os dos conflitos de
trabalhadores nas obras de Jirau não devem ser repetidos. (Agência CanalEnergia
– 02.06.2011)
Sexta, 3 de junho de 2011
GESEL: Obras de Belo Monte são um empreendimento importante para o país
Anistia Internacional pede suspensão de Belo Monte
A Anistia Internacional afirmou
hoje em seu site na internet que o Brasil deve respeitar os direitos dos
indígenas que vivem na região do Rio Xingu e suspender a construção da UHE de
Belo Monte. A diretora adjunta para as Américas da Anistia Internacional,
Guadalupe Marengo, afirmou que continuar com a obra antes de proteger os
direitos dos indígenas equivale a "sacrificar direitos humanos em prol do
desenvolvimento". (Estado de São Paulo – 02.05.2011)
Licença para Belo Monte estimula novas reações
A concessão da licença pelo
Ibama para construção da Usina de Belo Monte não diminuiu a mobilização dos
movimentos ambientalistas contrários ao empreendimento. A Procuradoria Geral da
República no Pará analisa os documentos da licença e não descarta iniciar uma
nova ação. Existem 12 ações judiciais tramitando contra a usina, dez propostas
pelo MPF e duas por organizações não governamentais. Desde ontem, quando foi
divulgada a concessão da licença, lideranças indígenas e ribeirinhos começaram
ser mobilizados por telefone ou e-mail para uma grande manifestação que deve
ocorrer nos próximos dias em Altamira ou