Um dia depois de se conhecer
a resolução que cancela a concessão temporal do complexo hidroelétrico
Inambari, o secretário de Planificação do Ministério de Minas e Energia do
Brasil, Altimo Ventura, disse a IPS que o Peru vai fazer uma revisão de projeto
“consultando suas comunidades”. A central hidroelétrica Inambari “interessa aos
dois países” e sua energia “atenderá prioritariamente as necessidades do Peru”
e o excedente vai se destinar ao Brasil. Segundo diversos especialistas, no
entanto, o problema é que o Peru ainda não definiu o que vai consumir nos
próximos 30 anos que dura o acordo e, portanto, não pode fixar uma porcentagem
de energia para seu consumo interno, o mesmo que não vai poder ser modificado.
Por sua vez, a assessoria de Energia e Minas do Peru afirmou que a Egasur
(empresa também envolvida no projeto) ou
qualquer outra empresa pode solicitar uma nova concessão e em relação ao
contrato de energia com o Brasil, ele ainda segue vigente a espera de capitais
brasileiros. (IPS News – Bolívia – 21.06.2011)
Terça, 28 de junho de 2011
Eletrobrás ratifica interesse em Inambari
Internacionalização da Eletrobras ajudará na gestão do Rio Madeira
A internacionalização da
Eletrobras, que tem como um dos pilares a construção da hidrelétrica de
Inambari, no Peru, terá impacto nulo sobre a tarifa de energia do Brasil.
Apesar da má notícia, o assistente da presidência da estatal, Cláudio
Magalhães, afirma que o empreendimento beneficiará o país não só com o aumento
da carga gerada para o SIN, mas também com a possibilidade de melhor gestão da
energia das usinas do Rio Madeira (Santo Antônio e Jirau). Além disso, a
empresa pretende implementar, a partir deste ano, o Plano de Transformação da
Eletrobras, um programa que prevê,entre outras medidas, a unificação das
compras hoje pulverizadas por todas as subsidiárias do grupo. (Brasil Econômico
– 28.06.2011)
Wikileaks solta documentos sobre hidrelétrica na Guiana
Hidrelétrica que Brasil
ajudaria a construir na Guiana estaria em território de disputas com a
Venezuela, aponta documento obtido pelo Wikileaks e divulgado ontem pela
Agência Pública de Jornalismo Investigativo. O documento revela uma reunião
feita no dia 5 de outubro de 2009 entre o embaixador Rubem Barbosa, consultor
do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e um assessor econômico da
embaixada dos Estados Unidos em Brasília, na qual foi discutida a construção de
uma usina hidrelétrica financiada pelo Brasil na fronteira entre a Venezuela e
Guiana. O documento cita que Barbosa teria afirmado que Lula ficou à vontade
para prosseguir com as negociações porque o presidente venezuelano, Hugo
Chavez, não havia se envolvido na questão da terra disputada. (Valor Econômico
– 28.06.2011)