A presidente Dilma Rousseff
oficializou na última terça-feira, 28 de junho, com a publicação no Diário
Oficial, o acordo de Notas Reversais que aumenta os repasses do Brasil ao Paraguai
devido a cessão de energia de Itaipu. Pelo acordo, o Brasil triplicará os
valores anuais pagos pela cessão de energia, que passará dos atuais US$ 120
milhões para US$ 360 milhões. O acordo foi celebrado entre os dois países em 1º
de setembro de 2009 e aprovado pelo Congresso Nacional em 12 de maio de 2011.
Ele entrou em vigência internacional em 14 de maio de 2011 e, agora, foi
promulgado pela presidente Dilma Rousseff. (Agência CanalEnergia – 30.06.2011)
Sexta, 1 de julho de 2011
Itaipu: promulgado acordo que aumenta repasses ao Paraguai
Bertin cria atrito entre Lobão e Aneel
As ameaças da Aneel de cassar
as licenças de operação de usinas termoelétricas do Grupo Bertin provocaram
mal-estar dentro do governo. O incômodo fez com que o ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão, enviasse uma carta para o diretor-geral da Aneel, Nelson
Hübner, dizendo que o órgão regulador estava "extrapolando" suas
atribuições e que só o Ministério poderia caçar as outorgas das usinas. Um dos
primeiros sinais de mudança da postura da agência após a carta do ministro
ocorreu na terça-feira, quando a Aneel, de forma surpreendente, recuou de
decisão tomada em março e reconheceu que o governo federal tem uma parcela de
culpa no atraso do início de operação de seis usinas do Bertin e descontou 101
dias referentes ao tempo em que o Ministério levou para conceder a outorga. A
insatisfação de Lobão começou em maio, quando a Aneel ameaçou caçar as licenças
de duas termoelétricas do grupo em função de dívidas com a Chesf. O ponto de
conflito é que as autorizações para o funcionamento das usinas de Maracanaú e
Borborema para o Bertin foram concedidas por uma portaria assinada pelo
ministro. As autorizações das seis usinas que foram alvo da decisão da Aneel na
terça-feira também são resultantes de portarias do Ministério. (O Estado de São
Paulo – 30.06.2011)
Manifestantes protestam em Belém contra Belo Monte
Cerca de 300 manifestantes
protestaram hoje em frente à Assembleia Legislativa do Pará contra a construção
da UHE de Belo Monte, afirmando que a obra provocará graves impactos sociais e
ambientais na região central do Estado. O protesto ocorreu no momento em que a
índia Sheila Juruna e a CPT recebiam medalhas de honra ao mérito dos deputados
por sua luta contra a obra. Segundo Petronilo Alves, do Movimento Luta Popular,
uma das 150 entidades contrárias ao projeto, toda a energia gerada pela usina
será distribuída para grandes indústrias e não beneficiará os moradores da
região. Para o sindicalista Denailson Denasuli, o projeto vai afetar de forma
negativa as pessoas que vivem em Altamira, Vitória do Xingu e outros municípios
onde a usina será construída. Ele disse que as audiências públicas para debater
a obra "fracassaram porque não tiveram a participação popular",
principalmente das comunidades que serão diretamente afetadas. (Estado de São
Paulo – 30.06.2011)