Em entrevista às Rádios Parecis
FM e Caiari AM, Dilma Rousseff responde sobre a possibilidade de uma binacional
com a Bolívia ser construída ainda em seu primeiro mandato: “Uma das decisões
que se tomou dentro do Mercosul e dos associados é o seguinte: a estratégia
fundamental de integração energética. Sendo energética, é importante que a
gente levante todos os aproveitamentos binacionais, tanto do Brasil com a
Argentina, quanto do Brasil com a Bolívia, que são os dois mais importantes que
estão na pauta. Então, essa usina [na Bolívia], está no nosso horizonte. Agora,
ela vai exigir muita negociação antes de ser, vamos dizer assim, iniciada ou
antes de ser decidida, porque tem de discutir como é que você divide a energia, o problema que... aqui no
nosso lado não tem grandes problemas porque nós temos uma linha de transmissão
Araraquara... tanto chegando como indo para o resto do Brasil. Lá não tem.
Então, teria de ver se a gente compraria toda a energia, como é que seria. E aí
implica em negociações do Itamaraty com a Bolívia, que estão bem incipientes
ainda”. (Rádios Parecis FM e Caiari AM – 05.07.2011)
Quinta, 7 de julho de 2011
Dilma fala sobre hidrelétricas binacionais e integração na América do Sul
Proposta de prorrogar concessões de energia gera polêmica no Senado
A decisão de prorrogar por
mais 30 anos as concessões de energia que vencem a partir de 2015, como querem
as empresas do setor, ainda está longe de qualquer consenso, embora o prazo
para definição fique cada vez mais apertado. A dimensão do impasse ficou
evidente ontem, durante audiência pública realizada pela Comissão de Serviços
de Infraestrutura, no Senado. O
encontro, que teve participação das associações que representam empresas de
geração, transmissão e distribuição de energia, foi marcado pela oposição
ferrenha Fiesp, que defende a realização de novos leilões para a concessão. A
prorrogação das atuais concessões, segundo o presidente da Fiesp, abriria um
precedente perigoso, colocando em xeque o próprio formato de concessão.
"Se for verdade que a realização de novos leilões para concessão fará com
que os serviços fiquem piores, chegamos à conclusão de que nunca mais poderemos
ter o fim de concessões." (Valor Econômico – 07.07.2011)
Entrevista com Flavio Neiva, da Abrage: Nem todas as concessões estão amortizadas
Em entrevista à Agência
CanalEnergia, Flavio Neiva, presidente da Abrage, ressalta que os empreendimentos
envolvidos encontram-se em diversos graus de amortização e a remuneração
pretendida ainda não foi conquistada por conta de diversos fatores, como o
controle da inflação em governos passados, com a não concessão de reajustes, e
sobras elevadas durante alguns anos. Além disso, o resultado final pode não ser
tão significativo para os consumidores quanto se espera, alerta. Neiva destacou
que o tempo para uma decisão do governo é curto, mas ainda há espaço para que o
governo possa se posicionar a respeito da renovação das concessões. Para ler o
texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 07.07.2011)