A revisão do valor do PLD em
todas as semanas de janeiro, fevereiro e nas três primeiras semanas de março
desse ano, devido a um erro no sistema do ONS, trouxe insatisfação ao mercado.
Agentes afirmaram que a medida traz imprevisibilidade para o setor que utiliza
o preço como base de negociações no mercado de curto prazo. Além disso, para
alguns agentes, os preços deveriam ser formados pelo mercado e não por um
modelo computadorizado, que permite esse tipo de erro. A mudança no PLD afetará
os contratos existentes entre consumidores e geradores e trará problemas para a
contabilidade das empresas, que já fecharam o balanço do primeiro trimestre.
(Agência CanalEnergia – 15.07.2011)
Segunda, 18 de julho de 2011
Agentes criticam mudança no PLD
ANACE e Tradener: preços deveriam ser formados pelo mercado
Na opinião de Walfrido Ávila,
presidente da Tradener Comercializadora, o preço não deve ser calculado por
modelagem e sim por preços de mercado. "Num sistema de preços, de
negociações, não se pode mais ter preços formados por um programa de
computador, que tem falha de tudo o que é tipo. A gente não sabe nem nunca vai
ficar sabendo se foi só dessa vez, se isso já não ocorreu em outros anos,
porque isso é uma falha do sistema", analisou o executivo. No entanto, ele
acredita que os preços devem ser corrigidos, para que não haja desconfianças de
que alguém foi beneficiado com o problema. "Se foi descoberto um erro, ele
vai ter que ser corrigido", afirmou. Lúcio Reis, presidente da Associação
Nacional dos Consumidores de Energia, compartilha da opnião de Walfrido Ávila,
de que os preços deveriam ser formados pelo mercado. "Já existe uma grande
discussão de que o preço seja formado pelo mercado e isso eliminaria as
incertezas. Não estou dizendo que daqui para frente vão surgir essas
inseguranças, mas é sempre um ponto a mais", destacou Reis. (Agência
CanalEnergia – 15.07.2011)
Abrace: mudança no PLD traz imprevisibilidade
A mudança no PLD afetará os
contratos existentes entre consumidores e geradores e trará problemas para a contabilidade
das empresas, que já fecharam o balanço do primeiro trimestre. "Essa
mudança acaba trazendo uma imprevisibilidade que não tem como se avaliar nesse
momento. É algo adicional a contratação de energia que torna extremamente mais
complexo o tratamento em termos de contabilidade das empresas", comentou
Fernando Umbria, assessor de diretoria da Associação Brasileira de Grandes
Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres. Segundo ele, a
Abrace está propondo aos seus associados que façam uma avaliação dos seus
contratos para se analisar que medidas podem ser tomadas. "Provavelmente,
na próxima semana, vamos avaliar junto com os consumidores se cabe alguma
medida por parte da associação ou se cada um vai agir individualmente",
contou. (Agência CanalEnergia – 15.07.2011)