O secretário-geral do MME,
Márcio Zimmermann, afirmou que não vê grandes ganhos com a repotenciação de
hidrelétricas existentes. Durante debate promovido pela Câmara Americana de
Comércio, Zimmermann foi questionado sobre a possibilidade de incluir
investimentos em novas máquinas e ganho de capacidade nas usinas entre as
obrigações que poderiam ser cobradas de empresas detentoras de concessões para
a prorrogação dos contratos, que começam a vencer a partir de 2015. Zimmermann
destacou que, dentro da pasta, participou de um estudo que avaliou a
viabilidade de possibilitar os investimentos em novas máquinas ou alterações de
projetos para aumentar a potência atual das plantas. A argumentação de
Zimmermann vai contra números apresentados pela Abrage, que afirma que é
possível ganhar 5.214MW em capacidade instalada por meio da adoção de avanços
tecnológicos, mudanças de projeto ou inserção de unidades geradoras adicionais
nas plantas. (Jornal da Energia – 21.07.2011)
Quinta, 21 de julho de 2011
Ministério de Minas e Energia não vê ganhos com repotenciação de hidrelétricas
Levantamento mostra que Brasil dependerá cada vez mais de termelétricas
Levantamento do Brasil
Econômico com base nos relatórios técnicos de expansão da oferta de energia,
divulgados pela Aneel, demonstra que a energia limpa gerada por UHE, PCHs e
eólicas, que hoje não têm impedimento para entrar em operação, corresponde a
59,5% da demanda estimada de 13.500 MWs de
GESEL: Política energética brasileira tem planejamento responsável
Para o coordenador-geral do
GESEL/UFRJ, Nivalde de Castro, a política energética do país tem tido
planejamento responsável. Para ele, o problema está na necessidade do governo
em regular a oferta das térmicas diante dos exemplos de atraso de fornecimento
como dos empreendimentos do grupo Bertin. Segundo João Carlos Melo,
especialista e sócio da consultoria Andrade & Canellas, as termelétricas a
gás já apareceram muito fortes no leilão A-3 e deverão voltar no A-5, previsto
para o final do ano. Para o especialista, a falta de referência sobre
termelétricas no fornecimento de 2014 evita suposições de que a matriz energética
brasileira esteja se tornando "suja". Adriano Pires, diretor do
Centro Brasileiro de Infraestrutura, diz que a perspectiva de não tratar das
térmicas surgiu durante a eleição de Dilma Rousseff diante das críticas em
torno da expansão da termelétricas a óleo combustível, mas evitá-las é
impossível. (Brasil Econômico – 19.07.2011)