A presidente Dilma Rousseff
deve promover, nas próximas semanas, modificações na diretoria de Furnas, uma
das principais subsidiárias do setor elétrico. No início do ano, a presidente
já havia trocado o então diretor-geral, Carlos Nadalutti Filho, por Flávio
Decat. Mas como não alterou a composição da diretoria, Furnas ficou
praticamente paralisada nesses cinco meses por ausência de clima para decisões
colegiadas. A primeira baixa deve ser do atual diretor-financeiro, Luiz
Henrique Hamann, ligado politicamente ao líder do governo no Senado, Romero
Jucá (PMDB-RR). Dilma demonstrou disposição para romper o controle do PMDB no
setor e o estopim para a alteração foi o surgimento de um dossiê apontando
Furnas como alvo de irregularidades comandadas pelo deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). Dilma resolveu, então, nomear Decat, homem de sua confiança desde os
tempos em que a presidente era ministra de Minas e Energia. (Correio
Braziliense – 22.07.2011)
Sexta, 22 de julho de 2011
Furnas é alvo do Governo
Adesão a greve na Eletrobrás é de 95%, segundo empregados
No segundo dia de
paralisação, a greve dos funcionários do Sistema Eletrobrás teve adesão de 95%,
de acordo com o diretor da Associação dos Empregados da Eletrobrás, Emanuel
Mendes Torres. Marcada para terminar à meia-noite desta quinta-feira, a paralisação
poderá voltar a acontecer em agosto, por períodos mais longos, se não houver
acordo entre empresa e trabalhadores. Na quarta-feira, a companhia havia
conseguido na Justiça uma liminar que garantia o acesso dos trabalhadores a
todas as dependências da empresa. Caso contrário, incidiria uma multa de R$ 5
mil por dia. Segundo Torres, a Eletrobras ainda não deu nenhum indicativo de
que vai negociar o reajuste salarial pedido pelos funcionários, de 11,2%.
(Valor Online – 21.07.2011)
Iberdrola reafirma interesse no país
A Iberdrola pretende ser
acionista majoritária da Neoenergia, empresa do setor elétrico brasileiro na
qual o grupo espanhol tem um participação de 39% e o restante está nas mãos do
Banco do Brasil e seu fundo de pensão, Previ. "No Brasil, estamos
negociando... O objetivo é que a Iberdrola tenha a maioria da Neoenergia",
disse o presidente da Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, a analistas,
reafirmando posição já posta pelo executivo em outras oportunidades. A
Neoenergia controla hoje as distribuidoras de Pernambuco, Rio Grande do Norte e
Bahia (Celpe, Cosern e Coelba). Também é dona de um parque gerador de cerca de
1,5 mil MW e ainda é dona ou sócia de concessões de importantes hidrelétricas
que tiveram energia leiloada no ano passado, como Teles Pires e Belo Monte, que
mais que duplicam a capacidade da companhia. A empresa ainda tem um pé no setor
de transmissão. (Valor Econômico – 22.07.2011)