A América Latina e o Caribe
precisam acelerar projetos de energia elétrica para evitar riscos de
desabastecimento que podem frear a expansão econômica. A opinião é da chefe da
equipe de projetos do (BID), Sylvia Larrea.
"Hoje, a oferta e a demanda estão equilibradas, mas a reserva está
curta para o fornecimento de energia nos horários de maior consumo", disse
Larrea à BBC Brasil. "Por isso, é preciso pensar como acelerar projetos e
aumentar esta reserva energética." Com as atuais taxas de crescimento
econômico (entre 4% e 5%), Larrea estima que só o Brasil precisaria ampliar seu
potencial entre 4 mil e 6 mil MW por ano. "O Brasil tem bom planejamento
para o fornecimento de energia até 2020, incluindo as obras de hidrelétricas
como Belo Monte e Jirau e linhas de transmissão." (Estado de S. Paulo –
11.08.2011)
Quinta, 11 de agosto de 2011
América Latina precisa acelerar projetos de energia, diz BID
America do Sul Espanhola não tem planos concretos no setor energético
Países, como o Peru, não têm
planos concretos ou possuem hidrelétricas com mais de 30 anos, que estão
ultrapassadas. Segundo a especialista, Sylvia Larrea, o déficit de energia
ocorre, além do Peru, também em regiões da Argentina. "No norte do Peru,
se vive quase uma emergência, mas, em 2013, esta área do país já deverá contar
com linhas de transmissão e a questão deverá estar resolvida". O mesmo
ocorre na Argentina, segundo o ex-secretário de Energia do país, Daniel
Montamat. "Hoje, a Argentina tem apenas 35% de geração de energia
hidrelétrica e 55% gerada pelas usinas térmicas, movidas a gás natural ou a
diesel." Como os demais países da América do Sul, a Argentina registrou
forte crescimento econômico entre 2002 e 2011 (média acima de 8%) e consumo
intenso de energia. O Paraguai, que conta com as hidrelétricas de Itaipu e
Yaciretá, por falta de linhas de transmissão, enfrenta problemas de distribuição
e abastecimento no território nacional. (Estado de S. Paulo – 11.08.2011)
América do Sul tem de dobrar capacidade energética até 2030 para evitar ameaça de apagão
A América do Sul só ficará
livre da ameaça de um apagão se dobrar sua capacidade energética até 2030,
segundo estimativas da (Cepal). "São necessários aproximadamente mais 200
gigawatts de capacidade de geração de energia. No total, incluindo as linhas de
transmissão, este pacote custaria mais de US$ 500 bilhões", disse o
engenheiro e economista uruguaio Beno Ruchansky, responsável pela Divisão de
Recursos Naturais e Infraestrutura da Cepal.
"A energia pode chegar a ser um obstáculo para o desenvolvimento da
região se a produção energética não acompanhar o aumento da demanda gerada pelo
crescimento econômico", disse Ruchansky. Pelos cálculos da Cepal, em
função deste crescimento econômico, o consumo de energia elétrica na América do
Sul aumentou 40% entre 2001 e 2010.
(Estado de S. Paulo – 11.08.2011)