Internacional

O discurso de unidade latino-americana do governo Kirchner, usado para tecer suas alianças políticas na região, parece ter uma dupla face: um recurso vital como a energia elétrica de duas nações (Paraguai e Uruguai) está sendo vedada por decisão política do governo de Cristina Kirchner. A Argentina está impondo obstáculos políticos para o Paraguai com o alto preço que pretende cobrar para a passagem de eletricidade a partir de uma central uruguaia para o Paraguai através do seu território, denunciou um deputado. O engenheiro Ricardo Canese, membro do Parlamento do Mercosul no Paraguai (Parlasul), disse a repórteres que o pedágio que a Argentina quer receber por permitir que a operação é apenas um "obstáculo político". Ele disse que o governo do presidente paraguaio, Fernando Lugo "avaliar se deseja continuar com essa paciência", neste caso, que impede a fechar a venda da energia produzida pela central paraguaia do rio Acaray ao Uruguai. (Urgente24-Argentina – 12.08.2011)

Quase com a mesma atenção com que estão recebendo as eleições, os empresários e analistas do setor elétrico não perdem de vista as negociações pela venda da Edelap, a distribuidora que abastece a quase 300.000 usuários argentinos de La Plata, Berisso, Ensenada, Brandsen, Magdalena e Punta Índio. Sem fazer barulho e de maneira reservada, o grupo norte-americano AES ofereceu, por meio de um banco estrangeiro, 90% das ações da Edelap que tem sob custódia desde a década de 90. O saída da AES da distribuidora cuja matriz se está em La Plata vem se desenhando nos últimos anos, só que dessa vez a venda teria mais chances de se concretizar e daria início a um reposicionamento das empresas locais que tratam do setor elétrico. (Clarín – Argentina – 15.08.2011)

O consumo de eletricidade registrou uma nova marca recorde em julho ao registrar o mercado atacadista uma demanda de 10.562,2 GWh, devido à onda de frio que afetou a maior parte do país, informou hoje a Fundação para o Desenvolvimento Elétrico. Em julho, o consumo de eletricidade marcou um crescimento anual de 4,8%, mesmo que nos sete primeiros meses do ano tenha acumulado 5,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. No que se refere à comparação mensal, e dado que em junho se registrou 10.130,0 GWh, em julho se verificou um crescimento de 4,3%. Com respeito à demanda de potência, em julho se registraram picos 3,9% maiores se comparados à julho de 2010. (Clarín – Argentina – 12.08.2011)