Internacional

A Bolívia sofreu nos últimos dias uma série de apagões e deve ter de racionar energia por pelo menos dois anos, segundo a previsão de economistas e empresários locais. Depois de vários cortes sem aviso prévio e sem explicação convincente, a capital La Paz passou três horas às escuras na última quinta-feira. Naquela noite, os bolivianos ouviram pela primeira vez do governo o que muitos setores da economia já desconfiavam: a geração de energia no país atingiu o limite de sua capacidade instalada e está muito perto em relação à demanda. Na última quarta-feira, o ministro de Hidrocarbonetos e Energia, José Luis Gutiérrez, informou que "emergências e falhas fortuitas" diminuíram a oferta de 1.209 MW para 1.090 MW. (Valor Econômico – 16.08.2011)

O presidente da Associação de Engenheiros, Elétricos e Eletrônicos de La Paz, Reynaldo Castañon, disse que o Estado e a iniciativa privada devem conciliar suas diferenças para se preocupar com o desenvolvimento da geração de energia elétrica que evite no futuro os racionamentos. Comentou que é necessário estabelecer as condições de desenvolvimento do setor energético. A nova norma deve eliminar coisas que constituem um empecilho para o investimento privado e deve tomar conta uma conciliação de critérios e o interesse nacional; os investimentos do setor privado têm que coexistir com regras bem definidas, sustentou. Assegurou que a situação do investimento para gerar energia elétrica estará pronta quando se aprovar a Lei de Eletricidade, é por isso que se pede seriedade no momento em que se trata o tema. (El Diário – Bolívia –16.08.2011)