A viagem de uma delegação do
governo americano ao Brasil nesta semana, para lançar uma parceria na área de
energia, deu nova munição à oposição republicana nas críticas ao presidente
Barack Obama. Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, o comitê
republicano do Congresso critica Obama por "dizer sim a empregos em
energia no Brasil, e não a empregos em energia nos Estados Unidos". No
comunicado, os republicanos reclamam também das proibições que restringem novos
projetos de exploração de petróleo e gás em determinadas áreas nos Estados
Unidos, mas o foco principal das críticas é a parceria com o Brasil, em um
momento em que os americanos enfrentam alta taxa de desemprego e preços
crescentes dos combustíveis. (Estado de S. Paulo – 17.08.2011)
Quinta, 18 de agosto de 2011
Oposição republicana volta a criticar parceria energética EUA-Brasil
Argentina consome 3,7% do PIB com subsídios
O valor total dos subsídios argentinos
deverá chegar a 70 bilhões de pesos - cerca de 3,7% do PIB. Na área de energia,
foram gastos 26 bilhões de pesos em 2010, ou cerca de US$ 6,5 bilhões. Somente
no primeiro semestre deste ano a despesa foi de 19,2 bilhões de pesos, ante 10
bilhões no mesmo período do ano passado. O governo subsidia a energia para
manter os preços administrados sob controle em um momento de alta de consumo. A
tarifa para residências na grande Buenos Aires está congelada há nove anos. A
geração na Argentina cresceu 41% desde 2003, mas o consumo residencial aumentou
58%. A situação é ainda mais grave no setor de óleo e gás, submetido desde o
início da era Kirchner a um sistema de retenções que limita a remuneração dos
exploradores privados. Os gastos anuais médios em exploração caíram de US$ 1
bilhão na década de 80 para US$ 400 milhões nos últimos dez anos. As reservas
de gás diminuíram 50% entre 2004 e 2008 e as de petróleo estão no mesmo nível
de 30 anos atrás. (Valor Econômico – 18.08.2011)
Argentina: pessimismo de especialistas quanto à energia
Não bastando os graves
problemas estruturais e fiscais que enfrentam o setor, os ex-secretários de
Energia são pessimistas e não pensam que um segundo mandato de Cristina
Kirchner traga as soluções que demandam as áreas de petróleo gás e
eletricidade. Após a apresentação de um novo documento conjunto sobre o
panorama energético que encontrará o próximo governo, o ex-titular da área,
Jorge Lapeña destacou que “não há sintomas, nem vontade oficial para sanar os
graves problemas que enfrenta o sector”. Acrescentou que “a energia atravessa
uma situação extrema que se não for corrigida terminará impactando no
funcionamento econômico e social”. Especialistas advertiram que os problemas
que deveriam ser resolvidos a priori são: a queda da produção de
hidrocarbonetos, a queda do auto-abastecimento, os subsídios e a falta de
transparência nas obras energéticas. (Clarín – Argentina – 17.08.2011)