A possibilidade de
privatização de alguns ativos do setor elétrico começa a se tornar uma opção
viável e a ser estudada dentro do governo federal. O alto escalão já considera
essa a melhor alternativa para as distribuidoras federalizadas que atuam
Segunda, 22 de agosto de 2011
Governo discute privatização de federalizadas
Privatização é obstáculo político a ser superado
A pecha da
"privatização" é o maior obstáculo - por ser político - a ser
superado e por isso ainda nenhum estudo formal foi solicitado. Diversas
soluções estão sendo vislumbradas para se fugir dessa questão política. Entre
elas, uma das preferidas é a de tratar a privatização como uma "parceria
público e privada", ou seja, vender o controle mas deixar a Eletrobras
como sócia. A ideia circula por várias instâncias e até conversas informais com
executivos de importantes fundos de pensão já foram travadas para se saber o
interesse nesse tipo de negócio. Os fundos se interessam, mas o modelo de
negócios a ser definido seria fundamental, pois eventualmente envolveria a
abertura de capital dessas empresas. Fora dos fundos de pensão, há também
interesse. Comprar empresas como a Cepisa, que atua no Piauí, sempre foi um
desejo declarado da Equatorial Energia. (Valor Econômico - 22.08.2011)
Governos estaduais podem aceitar privatizações
Se a decisão das
privatizações for levada adiante e, principalmente, aceita politicamente, a
expectativa do setor privado é de que a privatização comece a ser aceita também
dentro de governos estaduais que têm hoje distribuidoras de energia com sérias
dificuldades econômico-financeiras ou problemas com qualidade do serviço. Entre
os exemplos estão a CEB, que enfrenta os problemas de anos sem investimentos
que culminaram com queda na qualidade dos serviços. A Celg, que atua em Goiás,
também enfrenta problemas e busca um sócio para capitalizar a empresa que está
altamente endividada, mas tem sido difícil conseguir sócios sem entregar o
controle. A empresa de distribuição de Goiás precisa apresentar um plano de
recuperação para a Aneel e evitar um processo de caducidade da concessão, em
que o Estado poderia perder o direito de operar a companhia. As eleições em
Goiás, entretanto, foram marcadas pelas promessas de não se privatizar ativos.
(Valor Econômico - 22.08.2011)