O governo de Cristina
Kirchner está caminhado para fechar 2011 com um déficit comercial energético da
ordem de US$ 3 bilhões. As projeções para 2012 indicam que o sector energético
impactará cada vez mais o resultado das contas públicas, com um rombo que
superará os US$ 5 bilhões. As políticas aplicadas pela administração do governo
em 2003 levaram a perda da auto-suficiência energética e conseqüentemente
geraram uma forte dependência das importações. Para este ano, os índices
oficiais apontam que as importações energéticas acalcaram um total de US$ 7,5
bilhões, valor 68% superior ao ano de 2010. Para 2012 as estimativas estão por
volta de US$ 10 bilhões de dólares devido à combinação dos maiores volumes
necessários e os reajustes de preços. De acordo com o ex secretario de Energia,
Alieto Guadagni, a produção de energia se retrai 3% em media enquanto que o
consumo interno cresce 5%. (Clarín – Argentina – 29.08.2011)
Segunda, 29 de agosto de 2011
Argentina: déficit energético será de US$ 5 bi em 2012
Bolívia: Plataforma Energética propõe alternativas para encarar crise
A emergência que o país está
passando devido a atual crise energética pode ser enfrentada através da
implantação do horário continuo no sector público junto à eliminação dos
subsídios na tarifa elétrica das grandes empresas não reguladas. As medidas
foram propostas pela Plataforma Energética del Centro de Estudios para el
Desarrollo Laboral y Agrário em uma análise da evolução do consumo de energia
elétrica do país que também identificou os problemas estruturais como uma
vetores da atual crise energética. Esse estudo mostrou como a energia
proveniente do gás aumentou de 2.300 GWH em 2005 para quase 4.000 GWH em 2011.
Outro fator que prejudica o setor é resultado do forte subsídio destinado ao
gás natural o que prejudica o desenvolvimento de outras fontes energéticas com
as hidroelétricas. (El Diário – Bolívia - 29.08.2011)
Bolívia: subsídios devem ser assumidos pelo Governo
O presidente da Câmara
Departamental de Indústria de Cochabamba, Luis Laredo, sustenta que os
subsídios devem ser assumidos pelo Governo e pelas empresas elétricas que foram
nacionalizadas no ano passado. Laredo remarcou que existe a intenção do governo
em repassar o ônus dos subsídios das tarifas elétricas para as indústrias o que
deverá aumentar o custo dos produtos para os consumidores finais. “Neste
momento, no qual temos problemas nos serviços não podemos cogitar a elevação
nas tarifas para o setor produtivo”, afirmou Luis Laredo. Segundo o presidente
da Câmara o melhor modo de resolver a atual crise é através dos investimentos
do setor privado que deverão ser regulamentados por normas claras que
estabeleçam segurança jurídica. (El Diário – Bolívia - 29.08.2011)