A rodovia Transamazônica, no
trevo que dá acesso ao município de Vitória do Xingu e ao canteiro de obras da
UHE de Belo Monte, está fechada desde o começo da manhã de hoje por 3 mil
agricultores, representantes de associações e cooperativas rurais de onze
municípios da região. Os manifestantes cobram regularização fundiária,
políticas sociais, infraestrutura e gestão ambiental na região e exigem a
presença do primeiro escalão dos governos federal e estadual em Altamira para
negociar uma pauta de reivindicações. O coordenador do movimento, João Batista
Uchôa, declarou que a manifestação é pacífica e não protesta contra a
construção da hidrelétrica, mas quer chamar a atenção dos governos federal e
estadual para a situação em Altamira e na região de influência direta da usina.
(Estado de S. Paulo – 30.08.2011)
Quarta, 31 de agosto de 2011
Protesto fecha acesso a canteiro de obras de Belo Monte
Empresas avaliam que as necessidades das hidrelétricas em obras vão além do volume que já foi contratado
Belo Monte é o empreendimento
mais importante, mas não é o único que está ajudando a engordar as carteiras de
pedidos na indústria de bens de capital. Para a construção da usina
hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, foram contratados 44 tratores,
65 escavadeiras, 15 gruas e 229 caminhões. "Nossa relação com
hidrelétricas vem desde a construção das barragens de Itaipu, quando nossas
máquinas também foram utilizadas", conta Norberto Fabris, diretor de
implementos e veículos da empresa, sediada em Caxias do Sul (RS). Executivos do
setor de máquinas e equipamentos avaliam que as necessidades das hidrelétricas
em obras vão além do que já foi contratado, algo que abre a possibilidade para
novos negócios nos próximos meses. De acordo com o consórcio construtor de Belo
Monte, novos lotes de caminhões poderão ser encomendados no futuro, mas no
momento não há previsão de outros pedidos. Segundo índices conjunturais do
IBGE, a produção de bens de capital para construção evoluiu 19% no primeiro
semestre. (Valor Econômico – 31.08.2011)
Painel da FGV: sustentabilidade brasileira na energia elétrica é exemplo para o mundo
O Brasil tem sido um exemplo
para o mundo quando o assunto é energia elétrica. Além de atender à quase
totalidade da sua população (98%), o modelo brasileiro de geração de energia é
limpo, provém de fontes renováveis e, por tanto, é ambientalmente sustentável.
O grande problema enfrentado pelo país neste setor é o alto preço das tarifas,
puxado principalmente por tributos, encargos e custos de geração e de
transmissão. Esta foi a principal conclusão do painel promovido pela FGV, nessa
segunda-feira, sob o tema "Energia e Sustentabilidade no Brasil do Século
XXI", que contou com palestras da economista Joisa Dutra, coordenadora do
Centro de Regulação da FGV, e da diretora de Planejamento, Novos Negócios e
Comercialização da Eletrobras Furnas, Olga Simbalista. (O Globo – 31.08.2011)