O fortalecimento da energia eólica
nos últimos leilões realizados pelo governo e a expansão desta fonte de energia
tem feito com que o BNDES tenha registrado um aumento no pedido de
financiamentos. A chefe do departamento de energia elétrica do BNDES, Márcia
Leal, disse que para este ano, os desembolsos do Banco para esses projetos
devem chegar a R$ 4,5 bilhões, de um total de R$ 14 bilhões estimados para o
setor elétrico. Em palestra no Rio de Janeiro, Márcia fez um balanço dos
investimentos e financiamentos do BNDES para a área de energia elétrica entre
2003 e 2010. Nesse período, ela destacou que foram investidos R$ 131,5 bilhões,
sendo que o banco de fomento emprestou cerca de R$ 74,3 bilhões para 355
projetos, desde usinas hidrelétrica, pequenas centrais hidrelétricas e
termelétricas. (Agência CanalEnergia – 22.09.2011)
Sexta, 23 de setembro de 2011
BNDES: eólicas devem receber R$ 4,5 bi em financiamento
Engevix negocia financiamento chinês para eólica no Sergipe
A Engevix, por meio de sua
subsidiária Desenvix, está negociando um possível financiamento com o China
Development Bank - CDB - para a construção da usina eólica Barra do Coqueiros,
de 34 MW de potência instalada em Aracaju (SE), com investimento total estimado
em R$ 115 milhões. Deste montante, R$ 65 milhões referem-se à compra dos
aerogeradores chineses da Sinovel. Segundo o diretor executivo da Engevix, José
Antunes Sobrinho, a empresa precisou recorrer à possibilidade de empréstimo
chinês porque o financiamento que a Engevix já tinha aprovado junto ao Banco do
Nordeste acabou não indo em frente, devido à decisão da instituição bancária de
cortar crédito para parques eólicos. O
acordo com a Sinovel foi anunciado na última segunda-feira, 19 de setembro. Na
ocasião, ficou acertado que a companhia chinesa irá fornecer 23 aerogeradores e
a expectativa é que as turbinas comecem a chegar a partir de dezembro deste
ano. (Agência CanalEnergia – 22.09.2011)
Biomassa tende a elevar participação na oferta de energia
A atual oferta mundial
primária de energia gira em torno de 500 exajoules, tendo como principais
protagonistas o carvão, o petróleo e o gás natural. A biomassa participa com
cerca de 10% do total, mas 80% da oferta advinda de biomassa é não comercial.
São principalmente a lenha e a madeira usadas na cocção e no aquecimento em
países onde a energia ainda não é produzida e distribuída de forma organizada.
Essa é também a principal fonte de desmatamento nos países em desenvolvimento e
menos desenvolvidos. O Brasil demonstrou que a produção de biocombustíveis é
viável quando realizada a partir da cana. Em 2010, os Estados Unidos produziram
50,1 bilhões de litros de etanol, mas, considerando o etanol usado apenas como
combustível, conseguiram substituir apenas 8% do seu consumo de gasolina. A
meta é atingir 136 bilhões de litros até 2022. Embora a atual safra brasileira
esteja sendo muito afetada por clima absolutamente anormal, um esforço grande
está sendo realizado na reforma e na expansão dos canaviais. (Folha de S. Paulo
– 23.09.2011)