Os desentendimentos entre os
dois consórcios que constroem as usinas de Jirau e Santo Antônio no rio
Madeira, atingiram seu ponto mais crítico. A nova polêmica aprofunda ainda mais
a confusão em torno da mudança de cota (altura) do reservatório proposta pelos
empreendedores da hidrelétrica de Santo Antônio. O grupo de empresas que formam o consórcio
ESBR, responsável pela hidrelétrica de Jirau, encaminhou uma carta esta semana
ao ministro do MME, Edison Lobão, na qual afirmam que a mudança de cota traz
riscos diretos à infraestrutura de Jirau. Trata-se de risco direto à segurança
física da usina. A acusação é grave, dado que, até então, os desgastes em torno
da proposta de elevação do reservatório se limitavam à esfera econômica, ou
seja, os dois consórcios brigavam por potência extra da energia. Agora a
situação, de acordo com os argumentos apresentados pelo consórcio de Jirau, diz
respeito à segurança da estrutura da usina. (Valor Econômico – 07.10.2011)
Sexta, 7 de outubro de 2011
Jirau vai ao MME e Aneel contra Santo Antonio
Ministério quer definir concessões de usinas
O MME quer concluir até julho
de 2012 o destino das concessões de UHE com vencimentos em 2015. Ao frisar que
o governo quer tratar dos dois contratos de maneira diferenciada, o
secretário-executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que várias
soluções estão sendo abordadas. "Uma coisa é o contrato de energia e outra
coisa é o vencimento dos contratos de concessão. São coisas diferentes e
precisam ser tratadas de maneira distinta." (DCI – 07.10.2011)
Proposta do governo sobre concessões deve ser feita na forma de Projeto de Lei, defende deputado
O deputado federal Arnaldo
Jardim defende que a proposta do governo sobre a questão das concessões seja
enviada ao Congresso na forma de Projeto de Lei e não como Medida Provisória,
como é de costume. Segundo ele, a edição de uma Medida Provisória para resolver
o tema significaria um atropelo do debate legislativo e do que precisa ser
feito com a sociedade. "Se a proposta for feita via Medida Provisória se
tem um prazo muito restrito para receber emendas, um prazo de análise muito
delimitado, além de uma urgência de período para sua aprovação", explicou
o deputado. Além disso, de acordo com ele, quando se edita uma MP, ela já entra
em vigor imediatamente. "Ela pode até cair, ser revogada, mas já vai estar
em vigor", comentou Jardim ao participar do 8º Enase. (Agência
CanalEnergia – 06.10.2011)