Especialistas consultados
pela Reuters descartam que o governo decida relicitar os ativos e afirmam que
não faria sentido prejudicar a Eletrobras, que é tida como estratégica na
expansão do setor elétrico. O coordenador do GESEL/UFRJ, Nivalde de Castro,
defende a manutenção dos ativos com a estatal, garantindo-a como instrumento de
política energética. "Acho que será uma decisão muito mais política que
financeira. A Eletrobras tem garantido mais competitividade nos leilões de
energia e colabora para que se obtenha modicidade tarifária", disse
Castro. Pelo viés político, a relicitação ainda poderia dar a impressão de que
o governo estaria privatizando os ativos, ainda que não seja esse o caso, na
visão do presidente da Abrace, Paulo Pedrosa. O governo prevê que as regras
para a recontratação da energia das usinas hidrelétricas cujas concessões
vencem em 2015 saiam até o fim do ano. A decisão sobre o que será feito das
concessões deve ocorrer até julho de 2012. (Estado de S. Paulo – 17.10.2011)
Terça, 18 de outubro de 2011
GESEL: Manutenção dos ativos com a Eletrobrás é instrumento de política energética
Eletrobras seria vítima de concessões renovadas com ônus
A provável renovação onerosa
das concessões do setor elétrico teria como principal vítima a estatal
Eletrobras. Com receita e geração de caixa menores, a companhia poderia ter
comprometida sua capacidade de investimentos. O governo está perto de uma
decisão sobre ativos do parque de geração, transmissão e distribuição de
energia no Brasil cujas concessões vencem a partir de 2015. Há indicações de
que os ativos serão mantidos com as empresas mediante redução das tarifas,
entre outras contrapartidas --justamente no momento em que a Eletrobras traça
planos ambiciosos de investir 10 bilhões de reais em 2011, e cerca de 12
bilhões de reais anualmente até 2015. O governo, porém, não pensa em mecanismos
para compensar a Eletrobras ou outras empresas pela possível perda de receita
no caso de renovação onerosa das concessões. Estudo recente da consultoria PSR
aponta que a Eletrobras teria impacto de 4,5 bilhões de reais na receita anual.
O levantamento leva em conta redução dos preços da energia na geração e menores
tarifas na transmissão por ativos que já tiveram seus investimentos
amortizados. (Estado de S. Paulo – 17.10.2011)
Brasil paga US$ 36 mi ao Paraguai por compensações de energia
O Governo brasileiro iniciou
o pagamento pelas compensações pela queda de energia da hidroelétrica
binacional de Itaipu com um desembolso de 36 milhões de dólares, informou a
vice ministra de Minas e Energia, Mercedes Canese. A transferência esta em de
acordo com o firmado entre os 2 governos em 2009, pelo qual a administração de
Dilma Rousseff deverá fazer compensações ao Paraguai pela queda de energia de
Itaipu. (