Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro
de Portugal, chega hoje a Brasília com um "visto" especial: o
Presidente português promulgou ontem o decreto-lei que estabelece as regras da
privatização da EDP, na qual há desde já duas empresas brasileiras
interessadas, das seis que já entregaram as suas propostas à Parpública. É esta
a face mais visível do bom ambiente para negócios que o primeiro-ministro
português quer promover com o Brasil. Hoje à tarde, quando reunir com a
Presidente da República, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, Passos Coelho
irá deixar bem claro que o Brasil é o primeiro país da comunidade lusófona que
visita, simbolizando a prioridade que dá à "parceria estratégica" com
o gigante da América Latina. Passos Coelho deverá dizer aos chefes de Estado e
Governo sul-americanos que a crise atual, não sendo apenas europeia, é também
um momento de oportunidades econômicas e que Portugal tem hoje muito a
oferecer. Longe de Lisboa, não lhe custará enaltecer as relações empresariais
hoje muito significativas com os países latino-americanos, na sequência do
trabalho realizado pelo anterior governo na internacionalização de empresas de
áreas tão diversas como a construção civil, a banca, o turismo, as energias e
as novas tecnologias, em especial a marca Magalhães, que se tornou símbolo na
Venezuela e na Colômbia. (Público – Portugal – 27.10.2011)
Quinta, 27 de outubro de 2011
Primeiro-ministro de Portugal leva a Dilma luz verde para a privatização da EDP
Lobão diz que não houve falhas na retomada do projeto de Belo Monte
O ministro do MME, Edison
Lobão, disse nesta quarta-feira que foram seguidas todas as exigências legais
para o governo retomar o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte. A
instalação da usina no rio Xingu foi discutida inicialmente na década de 80,
mas somente em 2005 o projeto foi retomado por decisão do Congresso Nacional.
“Não reconhecemos falhas do nosso lado, sempre respeitamos a Constituição da
República”, afirmou o ministro ao chegar à 3ª Reunião da Comissão Nacional da
Rio+20, no Palácio do Itamaraty. Lobão disse que, embora o empreendimento não
afete aldeias indígenas, foram feitas inúmeras audiências públicas sobre
estudos e relatórios de impacto ambiental (EIA-Rima) para ouvir os povos da
região. “Nossa esperança é de que o tribunal possa acolher os nossos
apontamentos e permitir que prossigamos a construção de Belo Monte, que é
fundamental para o Brasil. Não é uma obra do governo, é do país”, afirmou
Lobão. (Valor Online – 26.10.2011)
Julgamento no TRF sobre Belo Monte é adiado para 9 de novembro
O julgamento do processo que
questiona a autorização para a construção da usina de Belo Monte, no Pará, foi
adiado mais uma vez pela 5ª turma do TRF-1,