As novas regras para cálculo
das tarifas de energia devem ser aprovadas nesta semana pela diretoria da
Aneel, que tem dado sinais de que concorda com o relatório final dos técnicos
do órgão que estabelece um índice de remuneração da atividade (WACC) em 7,5%
para os ativos regulados. Este é ainda um dos pontos cruciais que as
distribuidoras tentam alterar e pedem o reconhecimento da diferença entre a
depreciação contábil e regulatória, que elevaria o percentual para 8,3%. Mas
nesse ponto, a própria Abradee sabe que não há como questionar. Outros dois
pontos estão sendo tratados pela Abradee como prioritários, justamente pela
possibilidade de questionamento na Justiça. De acordo com o presidente da associação,
Nelson Fonseca Leite, as distribuidoras estão propondo que a discussão em torno
da forma de reajuste da conta "outras receitas" seja tratada em
diferente audiência pública e ainda que os subsídios fiscais das regiões Norte
e Nordeste sejam mantidos para as concessionárias da região. (Valor Econômico –
07.11.2011)
Segunda, 7 de novembro de 2011
Distribuidoras ainda tentam alterar regras
Diretor da Aneel esclarece detalhes técnicos de Jirau e Santo Antônio
André Pepitone, diretor da
Aneel, esclareceu detalhes técnicos que a seu ver não ficaram claros.
Questionado sobre o alerta da ESBR, responsável pela construção da hidrelétrica
Jirau, de que a usina tem risco de dano estrutural se o reservatório da usina
da Santo Antônio Energia for ampliado, o diretor discorda das avaliações
técnicas da ESBR. Segundo Pepitone, não ficou claro, na nota, seu entendimento
a respeito de que, independentemente da altura do reservatório de Santo
Antônio, os cálculos estruturais para
construção de Jirau deveriam ter considerado vazão correspondente a uma
cheia média anual de 38 mil metros
cúbicos de água por segundo. Nessa vazão, explicou, seria criada uma coluna de
água na estrutura da usina de Jirau de 76,6 metros, que precisaria ser
suportada no cálculo estrutural dessa hidrelétrica. (Valor Online – 05.11.2011)
Segunda etapa inclui mapeamento da Amazônia
O mesmo tratamento
estratégico aplicado na avaliação ambiental de petróleo e gás será adotado,
numa segunda etapa, em projetos para hidrelétricas na Amazônia. A proposta do
governo é fazer o zoneamento de toda a região. Boa parte do potencial
hidrelétrico da Amazônia já foi mapeado, mas ainda faltam definições mais
claras sobre os impactos ambientais envolvidos em muitos dos futuros projetos.
Com esses estudos preliminares, o governo terá de dizer, de antemão, o que é de
interesse pleno de proteção ambiental e o que poderá ser explorado. O
planejamento atual do governo prevê que 11 usinas hidrelétricas sejam licitadas
na Amazônia nos próximos anos, volume de projetos que deverá acrescentar mais
de 15 mil MW ao sistema integrado nacional.
Com o zoneamento da Amazônia, o governo quer evitar situações espinhosas
como a que envolve, há anos, o projeto da usina hidrelétrica Santa Isabel, na
bacia do Araguaia/Tocantins. (Valor Econômico – 07.11.2011)