Exigir que as concessionárias
e permissionárias de energia apliquem no mínimo 60% dos recursos oriundos do Programa de Eficiência
Energética Elétrica em projetos voltados
para beneficiários da tarifa social é impossível, na opinião de Máximo
Pompermayer, superintendente de Eficiência Energética da Aneel. De acordo com
Pompermayer, a porcentagem destinada é alta e causa um desvio no objetivo da lei.
"Isso desvia a finalidade da lei, que diz que é para eficiência
energética. Os maiores desperdícios não estão na baixa renda. Os maiores
potenciais de desperdício não estão nessa classe", alega Pompermayer,
lembrando que a renda não está associada ao mau uso da energia. O
superintendente da Aneel explicou ainda que algumas concessionárias tem
dificuldade em mapear esse consumidor, devido a problemas no cadastro social e
pela melhoria na condição econômica de algumas regiões. Pompermayer sugere uma
mudança na lei para que seja possível desengessar os recursos, mas sabe que não
será simples. (Agência CanalEnergia – 22.11.2011)
Quarta, 23 de novembro de 2011
Eficiência energética: Aneel quer mudança em lei que determina 60% de recursos para baixa renda
Aneel aprova cobrança de conta de luz diferenciada
A diretoria da Aneel aprovou
ontem a mudança na metodologia que define a cobrança diferenciada da tarifa de
energia de acordo com o horário de consumo. Com a medida, o consumidor poderá
ter o valor da conta reduzido se utilizar a energia fora do horário de pico, a
chamada "tarifa branca". A tarifa branca prevê três cobranças diferenciadas.
Haverá uma tarifa mais cara para o consumo nas três horas do horário de ponta.
Uma segunda tarifa a ser cobrada pelo uso da energia em horário intermediário -
uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta. E a última, a mais
barata, a ser cobrada fora do horário de ponta e do intermediário. (Valor
Econômico – 23.11.2011)
Belchior: Belo Monte possui viabilidade técnica, econômica e social
A ministra do Planejamento,
Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, defendeu nesta terça-feira a construção da
hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. “O governo tem a convicção de que
Belo Monte possui viabilidade técnica, economia e social”, disse a ministra no
balanço do PAC2. Miriam afirmou que o projeto não prevê a inundação de terras
indígenas e não possui custo elevado de construção. Segunda a ministra, o
Brasil precisa fazer uso do seu potencial hidrológico para a produção de
energia elétrica. Ela usou um argumento recorrente do governo de que mais de
70% da matriz energética é considerada limpa. A média dos demais países,
segundo a ministra, é de 18% de matriz limpa, com situação de esgotamento da
potencial hídrico. (Valor Econômico – 23.11.2011)