Foi publicado hoje (07/12) no
DOU um decreto que permite que o BNDES financie aquisições e investimentos de
empresas brasileiras no exterior. De acordo com o texto do decreto nº 7.635,
que altera o estatuto social do BNDES, o banco de fomento “poderá utilizar
recursos captados no mercado externo, desde que contribuam para o
desenvolvimento econômico e social do país, para financiar a aquisição de ativos
e a realização de projetos e investimentos no exterior por empresas e suas
subsidiárias constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no país ou por empresas cujo acionista com maior capital votante
seja, direta ou indiretamente, pessoa física ou jurídica domiciliada no
Brasil". Pelo decreto, também está prevista a opção de o banco
adquirir no mercado primário títulos de
emissão de responsabilidade das referidas empresas. Fontes de algumas
companhias dizem que até então não havia uma autorização explícita para que o
banco financiasse aquisições no exterior e esse tipo de operação não era bem
vista pelos técnicos da instituição. (Valor Online – 06.12.2011)
Quarta, 7 de dezembro de 2011
Decreto abre caminho para BNDES financiar compra no exterior
Eletrobras conta com BNDES para comprar EDP
O estatuto social do BNDES
foi alterado ontem por decreto e a partir de agora o banco de fomento vai poder
financiar aquisições e investimentos de empresas brasileiras no exterior. A
nova regra abre caminho para incentivar empresas, como a Eletrobras, a comprar
ativos estrangeiros, segundo conta fonte próximas as negociações. A estatal
brasileira está na disputa pela compra de 21,35% do capital da portuguesa EDP.
Para a Eletrobras é fundamental ter o financiamento do BNDES e também a Cemig,
segundo fontes ligadas à empresa, vai consultar o banco para saber da
possibilidade de usar financiamento da instituição. Na semana passada, os
presidentes da Eletrobras, José da Costa, e do BNDES, Luciano Coutinho,
estiveram em Portugal negociando condições para o negócio. Além do preço final,
o governo português vai levar em conta o projeto de longo prazo apresentado por
cada empresa. Fontes próximas à estatal federal contam que neste aspecto é
fundamental ter o BNDES como financiador não só da aquisição, mas de futuros
projetos. (Valor Econômico – 07.12.2011)
Controlador da Rede Energia coloca empresa à venda
O acionista controlador do
grupo Rede Energia, Jorge Queiroz, colocou à venda sua parte na empresa. Os
interessados têm até o fim da semana para analisar a companhia e fazer suas propostas
ao Banco Bradesco de Investimento (BBI), contratado para a operação. O Rede tem
entre seus acionistas o Fundo de Investimento do FGTS, que fez um aporte de
cerca de R$ 500 milhões há pouco mais de um ano, e o BNDESPar, que transformou
parte da dívida da companhia