O ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão, disse hoje que o governo poderá fazer uma intervenção na
distribuidora de energia do Pará, a Celpa. Caso a empresa não consiga arcar com
as dívidas, poderá ter sua concessão caçada pelo governo. O ministro ressaltou
que, por enquanto, a Celpa deve “gerir seu próprio destino”, por se tratar de
uma empresa privada. Esta semana, ele recebeu o governador do Pará, que está
preocupado com os desdobramentos da situação da distribuidora de energia. Lobão
ressaltou que a decisão de intervir na gestão da empresa, caso ocorra, será
tomada pelo ministério, que representa o poder concedente. O ministro ainda
assegurou que ainda não é cogitada qualquer intervenção direta da Eletrobras na
administração da companhia. (Valor Online, Agência Brasil, Agência
CanalEnergia, Estado de S. Paulo –
01.03.2012)
Sexta, 2 de março de 2012
Governo pode intervir na Celpa, diz Lobão
Celpa tem pior margem operacional
Entre algumas distribuidoras
de energia analisadas pelo Valor Econômico, a Celpa é a de pior desempenho no
quesito margem operacional. A comparação foi feita com empresas regionalmente próximas,
que possuem capital aberto e que têm sócios do setor privado entre os
controladores. A Celpa, mesmo sem considerar os gastos com pagamento de juros
sobre as dívidas, mostra desempenho fraco quando comparado ao das empresas que
atuam em Estados próximos. A margem operacional esteve próxima de 10% do início
de 2010 até o terceiro trimestre de 2011. Esse é o pior índice entre sete
empresas observadas - Celpa, Cemat, Coelba, Celpe, Cosern, Coelce e Cemar. Um
dos pontos críticos que a Celpa enfrenta é a inadimplência de seus clientes. De
cada R$ 100 que ela havia faturado, R$ 65 estavam atrasados ao fim de setembro
de 2011. A Cosern é a única que tem inadimplência maior que a da Celpa, de 72%
no total. Mas o cliente que mais atrasa os pagamentos no RN é o próprio governo
estadual, enquanto que no PA os atrasos se distribuem entre diversos tipos de
clientes. (Valor Econômico – 02.03.2012)
Moody's retira ratings da Celpa
A agência de classificação de
risco Moody's vai retirar os ratings da Celpa após o pedido de recuperação
judicial feito pela companhia sob os termos de falência e reorganização pela
legislação brasileira. A Moody's havia rebaixado os ratings de emissor da Celpa
de B3 para Ca na escala global. Ao mesmo tempo, o rating de US$ 250 mi em títulos
seniores foi considerado sem garantia de ativos reais e, portanto, também foi
classificado como Ca, sendo, anteriormente B3. A Celpa informou à agência que
não entrou com o pedido em nenhuma lei internacional de falência, no entanto, a
Moody's considera que a companhia aplicará as mesmas condições financeiras
previstas na lei brasileira aos investidores internacionais. (EnergiaHoje e
Agência CanalEnergia – 01.03.2012)