O discurso da presidente
Dilma Roussef durante o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, no último dia
4, não repercutiu bem entre entidades ligadas à proteção do meio ambiente. Na
ocasião, Dilma declarou que "para garantir energia de base renovável que
não seja hídrica, fica difícil, porque eólica não segura. E todo mundo sabe
disso". Ela também defendeu que a discussão sobre o tema não seja
"fantasiosa". Para os ambientalistas, a presidente aqueceu o debate
sem contextualizar dados ou análises técnicas e sem considerar os esforços do
governo brasileiro em estruturar uma indústria eólica no Brasil. A assessora política
para assuntos de clima da The Nature Conservancy (TNC), Fernanda Carvalho,
acredita que Dilma não refletiu em sua fala o crescimento de parques eólicos em
construção no País e acabou fazendo uma forte crítica à fonte. “Ninguém está
dizendo para substituir uma energia por outra. O que está se dizendo é que é
preciso investir nas energias alternativas, pois nenhum país vai ter uma matriz
baseada num só tipo de energia. Esse é risco que o Brasil está correndo com
essa aposta desenfreada na energia hidrelétrica”, apontou a assessora. (Jornal da Energia – 09.04.2012)
Terça, 10 de abril de 2012
Fala de Dilma em defesa de hidrelétricas é mal recebida por ambientalistas
Municípios irão à Justiça cobrar obras de Teles Pires
A situação das obras da
hidrelétrica de Teles Pires, paralisadas há 14 dias pela Justiça Federal de MT,
pode ficar ainda mais crítica. As prefeituras de Paranaíta e Alta Floresta, os
dois municípios que são diretamente afetados pela construção da usina no rio
Teles Pires, na divisa entre MT e PA, querem entrar com uma ação na Justiça
para cobrar do consórcio empreendedor a execução de obras de compensação que a
empresa assumiu durante a etapa de licenciamento ambiental do projeto. O
objetivo é fazer com que a Neoenergia, responsável pela obra, execute projetos
nas cidades, independentemente da paralisação no canteiro de obras. A ação deve
ser apresentada à Justiça nesta semana.
"A obra pode até estar parada, mas sentimos os reflexos dessa
construção há muito tempo", disse Celso Reis de Oliveira, procurador
jurídico de Paranaíta. "O consórcio fez pouco caso das nossas
necessidades. Vamos exigir o que nos é de direito." (Valor Econômico –
10.04.2012)
Vistoria em canteiro de obra de Jirau não encontra problemas
A Justiça do Trabalho de
Rondônia vistoriou o canteiro de obras da usina de Jirau e não encontrou
problemas para as atividades, depois que 36 dos 91 blocos de alojamentos foram
incendiados. A juíza federal Maria Rafaela de Castro coordenou no sábado uma
inspeção para avaliar as condições de segurança e de acomodação dos operários
após os incêndios ocorridos há uma semana. De acordo com o laudo, os
alojamentos, o refeitório e a área de vivência estão em condições de continuar
em pleno funcionamento. O Ministério do Trabalho e Emprego ainda prepara
relatório sobre a situação trabalhista dos funcionários. No laudo, a juíza
afirmou ainda que os operários estão calmos e demonstram interesse