O julgamento que vai resolver
se a disputa em torno do seguro de Jirau vai seguir na Justiça brasileira ou se
será decidido em arbitragem na Inglaterra começou ontem com um voto favorável
aos segurados, que querem resolver a questão no Brasil. As partes discordam do
valor que as seguradoras (lideradas pela SulAmérica) deveriam pagar pelos danos
materiais e financeiros causados por atos de vandalismo no canteiro de obras
que paralisaram a construção da usina em maio do ano passado. Em audiência no Tribunal de Justiça de SP, o
desembargador relator da ação, Paulo Alcides Amaral Salles, votou a favor do
consórcio Energia Sustentável do Brasil e da Camargo Corrêa. O consórcio tinha
uma liminar que proibia as seguradoras de iniciar uma arbitragem para resolver
a questão em um comitê de Londres. O voto do relator foi pela manutenção dessa
liminar. O julgamento deve terminar depois que os outros dois desembargadores da
ação votarem, o que deve ocorrer na semana que vem. (Valor Econômico –
13.04.2012)
Sexta, 13 de abril de 2012
Começa julgamento de seguro de Jirau
Não há previsão de Força Nacional deixar obras em Jirau, diz Cardozo
O ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo informou dia 12 de abril que não há previsão para que a Força
Nacional deixe de atuar nas obras de Jirau. A informação foi divulgada após
reunião com o governador de Rondônia, Confúcio Moura, e com o ministro Gilberto
Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República. Cardozo também
afirmou que, embora a construção tenha sido retomada, vários órgãos de
segurança do governo estão empenhados na investigação sobre o incêndio ocorrido
semana passada nos alojamentos dos trabalhadores da hidrelétrica. Entre esses
órgãos estão o GSI, a Abin e as polícias Federal e Rodoviária Federal.
"Todos estão trabalhando na perspectiva de identificar as causas. Quando
se faz uma atividade dessa natureza, não se pode discutir publicamente. O que
eu posso dizer é que existe um grande afinamento", disse o ministro. (Jornal da Energia, Folha de S. Paulo –
12.04.2012)
UHE São Luiz do Tapajós: estudos no final de 2013
A Aneel decidiu prorrogar o
prazo para entrega dos estudos de viabilidade da hidrelétrica de São Luiz do
Tapajós, prevista para ser instalada no rio Tapajós, Pará. A data limite para
os documentos, que era 15 de maio de 2012, foi fixada agora para 30 de outubro
de 2013. A planta, que terá 6.133MW de potência, está sendo analisada por
Eletrobras, Eletrobras Eletronorte, Camargo Corrêa, EDF Consultoria e EDF Eletricité
de France SA. A usina é a maior dentre as previstas pelo governo no Plano
Decenal de Energia, que prevê a expansão do parque gerador em um horizonte de
dez anos. A Eletrobras, inclusive, já chegou a divulgar que as primeiras
sondagens indicam a possibilidade de expandir a capacidade da unidade para até
cerca de 7.880MW. A UHE São Luiz do Tapajós e outras usinas previstas para o
rio Tapajós foram definidas como projetos estruturantes pelo CNPE, o que as
coloca como prioridade para licitação e desenvolvimento. (Jornal da Energia –
12.04.2012)