Apesar da divergência entre
empresários e governo durante audiência pública realizada na terça-feira
(17/4), a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos
Deputados se mostrou a favor da obrigatoriedade de construção simultânea de
hidrelétricas e eclusas em rios navegáveis. O diretor do núcleo de estudos
estratégicos do MME, Gilberto Hollauer, se mostrou favorável às eclusas. O
diretor não vê problemas no projeto de lei, desde que sejam respeitados os
contratos existentes, a segurança jurídica e a baixa tarifa de energia para o
consumidor. No entanto, tanto Hollauer quanto a Abrage não concordaram com a
obrigatoriedade de construção simultânea de hidrelétricas e eclusas. O
secretário de Política Nacional do Ministério do Transporte, Marcelo Perupato,
disse que o órgão está disposto a assumir os custos de construção das eclusas e
argumentou que a medida poderá, inclusive, facilitar o licenciamento ambiental
dos empreendimentos hidrelétricos. (Jornal da Energia – 18.04.2012)
Quinta, 19 de abril de 2012
Ministério dos Transportes pode assumir custos de eclusas
Relator confiante em consenso em relação a projeto de eclusas e hidrelétricas
Apesar da resistência do
setor energético, o relator do projeto da obrigatoriedade de construção
simultânea de hidrelétricas e eclusas em rios navegáveis, Homero Pereira,
confirmou que pretende manter a simultaneidade no parecer que vai apresentar
MME discute custo da energia com Gerdau
O presidente do Conselho de
Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, se reuniu com o ministro de Minas
e Energia, Edison Lobão. Na pauta do encontro, está uma reivindicação antiga do
setor que representa: alto custo da energia elétrica para indústria
eletrointensiva. Para Gerdau, a energia no país foi se tornando, ao longo dos
anos, um importante “instrumento arrecadatório” para os governos. O preço elevado
da energia elétrica atinge, principalmente, o segmento de alumínio, que tem
cerca de 40% do seu custo de produção atrelado à energia elétrica. Outros
segmentos da indústria também prejudicados, citados pelo executivo, são
petroquímica e siderurgia. A questão envolvendo o custo de energia tem se
agravado, segundo Gerdau, com a recorrente desvalorização do dólar. Ele
considera que a adoção de medidas pelo governo para reverter esta situação pode
ajudar segmentos da indústria brasileira a recuperar a competitividade. (Valor
Online – 18.04.2012)