O secretário executivo do
Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse hoje (8) que o Brasil
pretende ampliar a integração energética com países vizinhos. Segundo ele, há
projetos em andamento, como o intercâmbio de energia com o Uruguai e a usina
hidrelétrica binacional que será construída na fronteira com a Argentina, nos
moldes da Itaipu Binacional. De acordo com ele, o Brasil pode não só fornecer
energia para outros países, como também aproveitar o grande potencial
hidrelétrico que existe nas nações vizinhas. No caso da parceria com o Uruguai,
está sendo construída uma linha de transmissão para se ligar ao sul do Brasil,
a partir do ano que vem. (Agência Brasil – 08.05.2012)
Quarta, 9 de maio de 2012
Brasil pretende ampliar integração energética com países vizinhos
Argentina pode intervir no deficitário setor elétrico
Depois da crise envolvendo a
petroleira YPF, que acabou estatizada, o mercado argentino se volta para o
setor de distribuição de energia e gás. A intervenção estatal no setor
tornou-se um cenário provável após a divulgação de prejuízos grandes das
empresas em 2011, atribuídos ao congelamento das tarifas. A dimensão do
prejuízo das empresas em 2011 afasta a expropriação como saída mais provável
para o impasse. No caso da Edenor, as perdas quintuplicaram, passando do
equivalente a US$ 18,8 milhões a US$ 101,2 milhões. Ao reestatizar a YPF, o
governo argentino também tornou-se participante dos problemas da distribuição
de gás. A empresa era acionista minoritária da Metrogas, a maior distribuidora
de gás natural, controlada pela British Gas. A Metrogas não registrou aumento
de seu prejuízo em 2011, mas está em concordata há dois anos. (Valor Econômico
– 09.05.2012)
Bolívia insinua que poderá não pagar a empresa espanhola
O vice-presidente da Bolívia,
Alvaro García Linera, disse ontem que o governo dará "uma pequena ou
diminuta" compensação à Red Eléctrica de España (REE), matriz da empresa
de transmissão elétrica TDE, expropriada na semana passada. O encontro entre
Folgado e o ministro de Energia da Bolívia, Juan José Sosa, terminou sem
anúncios e com palavras amáveis dos dois lados -de resto, em sintonia com o tom
adotado pelos governos de Bolívia e Espanha para tratar o caso, em contraste
com o episódio YPF-Repsol na Argentina. García Linera repetiu que uma empresa
independente fará a avaliação da indenização à REE, com os "descontos
correspondentes". (Folha de São Paulo – 08.05.2012)