A renovação dos contratos de
concessão das empresas de energia elétrica deve vir acompanhada de uma mudança
radical nas regras do setor: está sendo estruturado em Brasília o fim dos
reajustes anuais das tarifas. A ideia seria, a partir da prorrogação dos
contratos em 2015 e 2017, fazer apenas revisões tarifárias, mas ainda não está
definido qual seria o prazo ideal para fazê-las. Na avaliação de integrantes do
governo, o fim dos reajustes anuais vai garantir tarifas mais justas para a
sociedade e, ao mesmo tempo, criar um ambiente propício para juros baixos.
Entretanto, para o presidente da Abrage, Flávio Neiva, esse tipo de iniciativa
não tem fundamento. Ele pondera que hoje as geradoras não têm tarifa, mas
preços de energia definidos
Segunda, 14 de maio de 2012
Governo quer fim do reajuste de energia
GESEL: fim dos reajustes anuais das tarifas será mais fácil para geradoras e transmissoras
Para o professor Nivalde
Castro, da UFRJ, adotar o fim dos reajustes anuais das tarifas será mais fácil
para geradoras e transmissoras, que não tem uma estrutura de custo muito
complexa. Já no caso das distribuidoras haverá a necessidade de resolver
algumas questões específicas, como é o caso da Parcela A, de custos não
gerenciáveis pelas empresas. Ele acredita que o modelo deve ser adotado também
nos leilões de energia nova e de transmissão de eletricidade. (Estado de S.
Paulo - 11.05.2012)
Brasil articula integrações energéticas com países vizinhos
A Eletrobras colocou em
estudo mais um projeto integração energética. Chamado de "arco virtual
norte", ele prevê a construção de UHEs e LTs conectando Guiana, Suriname e
Guiana Francesa. O resultado da ligação traria a possibilidade de escoar a
produção de energia desses países para o Brasil, Caribe e/ou Venezuela. O
potencial das usinas, a extensão das linhas e o aporte necessário para a
viabilização do empreendimento ainda não foram definidos. No entanto, segundo o
superintendente de operações da estatal, Sinval Gama, um acordo já foi assinado
entre Eletrobras, Guiana e Suriname. O acerto com a Guiana Francesa está sendo
analisado pelo governo francês. Outra integração, chamada de "arco virtual
sul", também está sendo pensada, segundo Zaidan, mas é pelo “setor
elétrico”, e ainda não pela área política. O projeto seria responsável pela
conexão Peru-Chile, Chile-Argentina, e Argentina-Brasil, com o objetivo de
substituir a fonte térmica nos países, exportar energia e assegurar a
confiabilidade energética. (Jornal da Energia – 11.05.2012)