As distribuidoras elétricas
seguem sofrendo com 12 anos de tarifas congeladas. As fortes perdas que se
revelaram em seus balanços de 2011 foram de quase $ 900 milhões. A Edesur e a
Edenor somarão um déficit ainda maior no final deste ano. Pelo menos assim se
evidencia nos resultados do primeiro trimestre da Edesur, com uma perda de $
140,6 milhões contra $ 37,2 milhões de igual período de 2011. A cifra representa
quase 40% dos $ 461 milhões que a empresa propriedade do grupo espanhola
Endesa, por sua vez controlado pelo holding italiano Enel, perdeu em 2011. No
mercado estão atribuindo essa conjuntura ao atraso tarifário e a um
desequilíbrio entre ingressos e gastos para sustentar as operações. (El
Inversor – Argentina – 18.05.2012)
Terça, 22 de maio de 2012
Argentina: distribuidoras de energia passam por momento de dificuldade
Petrobras admite risco regulatório em operações na Argentina
Em atualização do formulário
20F enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores
americana, a subsidiária argentina da Petrobras afirma que as incertezas quanto
às concessões naquele país são, sim, um risco. “O governo argentino interveio
na indústria de óleo e gás no passado e provavelmente vai continuar a fazê-lo”,
diz o documento, que representa o relatório anual da companhia, no segmento
sobre os riscos de investimento em sua ação. “Não podemos assegurar que essas
medidas não terão efeito adverso substancial em nosso negócio, condição
financeira e resultado de operações.” A Petrobras admite ainda que as
limitações do governo argentino sobre a precificação de derivados de petróleo
podem influenciar negativamente sua operação por lá. (Valor Online – 21.05.2012)
Argentina: gás da Bolívia 16% mais caro
Por conta do encarecimento do
preço internacional do petróleo e de seus derivados no mercado dos EUA o preço
do gás que é proveniente da Bolívia se valorizou cerca de 17% desde abril. O
valor do fluído importado para o segundo trimestre do ano -de abril até junho-
ascendeu para 12,06 por milhão de BTU, contra os 10,33 dólares do trimestre
anterior. Com esta alta, o energético acumula um incremento de 35% nos últimos
nove meses. O preço do gás da Bolívia está determinado por uma fórmula incluída
no contrato firmado pelos governos de Cristina Fernández e Evo Morales em 2009.
O valor atual do fluído está determinado pelos valores das cotações que alguns
combustíveis tinham seis meses atrás. “Por isso, como o preço do petróleo se
mantém alto, é previsível que o preço siga crescendo nos próximos meses”,
admitiu a Enarsa. (El Inversor – Argentina – 22.05.2012)