O secretário de Energia do
Estado de SP, José Aníbal, afirmou dia 25 de maio que o governo federal irá
encaminhar ao Congresso, até o fim de junho, um projeto de lei para a renovação
das concessões de grandes usinas hidrelétricas que vencem até 2015. "O leilão
das concessões já vencidas e a vencer está descartado e eu ouvi da presidente
Dilma que ao longo de maio ou junho um projeto de lei será finalizado e enviado
ao Congresso", disse. Na avaliação do secretário, o projeto deve prever
uma redução nas tarifas de energia, já que o governo impedirá o repasse ao
consumidor dos custos de amortização dos investimentos. "As
concessionárias já tiveram 30 anos para amortizar esses investimentos e não é
possível que isso já não tenha acontecido", afirmou Aníbal. "O governo
não vai permitir que a amortização seja repassada ao consumidor." Outro
provável ponto, segundo ele, é a inclusão de um dispositivo que impeça as
concessionárias de reajustar o preço da energia durante três ou quatro anos.
"Seria um tempo para que as companhias reavaliassem seus custos",
disse. (Estado de S. Paulo - 25.05.2012)
Segunda, 28 de maio de 2012
Renovação de hidrelétricas sai até junho, diz Aníbal
Fim do erro na conta de luz será checado
A assessoria técnica do TCU
vai checar se os aditivos assinados em 2010 pelas 63 distribuidoras de energia
do país realmente anularam os ganhos indevidos obtidos pelas concessionárias ao
longo de pelo menos oito anos. Dois anos depois de a Aneel ter proposto a
correção, o TCU ainda não tem certeza se os consumidores estão, de fato,
protegidos do erro que elevou o valor da conta de luz indevidamente. "É
necessário realizar uma análise profunda dos procedimentos adotados em relação
aos diversos encargos setoriais e aos custos de transmissão", apontou o
parecer. Em fevereiro de 2010, a Aneel propôs a todas as distribuidoras um
aditivo aos contratos de concessão cujo propósito era neutralizar
financeiramente uma falha na metodologia de cálculo do reajuste tarifário. Esse
erro permitia que, com o aumento da demanda, as distribuidoras obtivessem
ganhos irregulares numa fatia da tarifa de energia que banca os 11 encargos, os
impostos e a compra da energia pelas distribuidoras. Embora o problema fosse
conhecido pelo governo e pela Aneel desde 2007, a decisão de mudar cláusulas do
contrato de concessão somente foi tomada depois o erro foi revelado, em outubro
de 2009. (Folha de São Paulo – 28.05.2012)
Smart Grid recebe incentivos em vários países, diz especialista
Enquanto entidades e empresas
debatem a relação entre custos e benefícios para a implantação das redes
inteligentes no Brasil, especialistas do setor colocam que a viabilidade destes
sistemas também depende, em grande parte, da boa vontade do poder público “Em
todo mundo o setor de energia é muito regulado, ou seja, uma má política pode
representar um retrocesso”, analisa Lawrence Jones, que foi nomeado pelo United
States Department of Commerce’s National Institute of Standards and Technology
para compor um comitê consultivo sobre redes inteligentes. O especialista, que
integra um time global de desenvolvimento de negócios em smart grid
(International Smart Grid Action Network - ISGAN) revela ainda que em boa parte
dos projetos de implantação destas tecnologias na Europa, Reino Unido, além de
Estados Unidos, recebem algum tipo de benefício governamental para seguir em
frente. “Muitos estão falando em investir em smart grid”, disse o executivo,
que também admitiu que a maioria do projetos mundo afora têm suporte dos
governos. Jones acredita que, entre os países emergentes, nosso país apresenta
um bom potencial para o desenvolvimento das redes inteligentes, estando hoje
equiparado à Índia. “O Brasil está chegando”, afirmou, para explicar que a
possibilidade de compor uma matriz com diferentes fontes renováveis reforça o
potencial do País para implantar as tecnologias. (Jornal da Energia –
25.05.2012)