O Senado aprovou, sem nenhuma
dificuldade, a MP 558/2012, que alterou limites de sete unidades de conservação
da Amazônia e retirou delas áreas que serão alagadas por reservatórios de
hidrelétricas. A MP, que já passou pela Câmara, só depende agora da assinatura
da presidente Dilma Rousseff para se tornar lei, o que ocorrerá em até 15 dias.
A aprovação pelo Senado ocorre dois dias antes do prazo final da MP. Relatora
da MP, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) defendeu que a nova lei vai pôr
fim à insegurança jurídica que persegue comunidades que vivem em áreas que,
posteriormente, foram decretadas como unidades de conservação. A senadora
destacou que outro objetivo "não menos importante", é viabilizar o
aproveitamento hidroelétrico, "de modo a assegurar uma matriz energética
nacional limpa e garantir o desenvolvimento sustentável do país e o bem-estar
da população". Para liberar a construção das usinas, o governo reduziu as
seguintes áreas de conservação: Parna da Amazônia, Parna dos Campos Amazônicos,
Parna Mapinguari, Flona de Itaituba I, Flona de Itaituba II, Flona do Crepori e
Área de Proteção do Tapajós. Ao todo, a redução soma cerca de 1.500 km2 de
áreas de preservação ambiental na Amazônia. Para ler a MP na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico –
30.05.2012)
Quarta, 30 de maio de 2012
Senado aprova MP que libera usina na Amazônia
Ideia de renovação das concessões está consolidada no governo, diz Hubner
O diretor-geral da Aneel,
Nelson Hubner, afirmou dia 29 de maio estar "bastante consolidada",
dentro do governo, a ideia de enviar uma proposta ao Congresso que permita a
renovação das concessões de energia que vencem a partir de 2015. Ainda não há
definição se a proposta seguirá aos parlamentares por meio de MP. "Quem
está trabalhando isso é a própria AGU e a assessoria jurídica do Ministério de
Minas e Energia, com a nossa ajuda." Segundo ele, a proposta discutida
dentro do governo prevê que as empresas "aceitem determinadas
condições" impostas pelo governo. "As condicionantes é que aceitem a
definição de um preço, já que estamos tratando, em alguns casos, de usinas já
depreciadas e amortizadas. Que elas aceitem um pagamento pela prestação desse
serviço, ou seja, uma remuneração pela operação, custo de operação, manutenção
e demais investimentos que forem feitos, e o pagamento pelos ativos não
depreciados do empreendimento, seja de transmissão ou geração. Basicamente é
isso", afirmou. Hubner disse ainda que haverá um prazo definido na
proposta de renovação das concessões. "Vai ter um prazo, estamos
discutindo que prazo é esse." (Estado de S. Paulo - 29.05.2012)
Aneel levanta custos operacionais das empresas para encaminhar proposta de renovação das concessões
Uma das mais longas novelas
do setor elétrico está próxima do fim. A discussão sobre o futuro dos contratos
de concessão de energia que vencem em 2015, iniciada em 2008, ganhará uma
solução neste ano. O discurso governamental sustentado pelo ministro Edison
Lobão e seu secretário-executivo, Márcio Zimmermann, de que não há tanta pressa
para se chegar a uma definição sobre o tema foi atropelado pela urgência em dar
um tratamento para os 9 mil MW médios em contratos de energia das geradoras que
vencem no final de 2012 e também pela ordem da presidenta Dilma Rousseff de
encontrar mecanismos que reduzam o custo geral da energia elétrica para o
consumidor. O superintendente de fiscalização econômico e financeira da Aneel,
Antônio Araújo da Silva, confirmou que o órgão regulador está trabalhando a
todo vapor para levantar os custos operacionais das concessionárias de geração,
transmissão e distribuição que terão contratos vencendo na metade da década. A
expectativa é que a proposta do governo federal seja enviada antes julho ao
Congresso Nacional. O setor ainda não sabe é se esta proposta chegará ao
legislativo em forma de MP ou projeto de lei. (Agência CanalEnergia –
29.05.2012)