O ministro do TCU José Jorge,
sugeriu ao Senado, dia 5 de junho, mais rigor nas sabatinas com os indicados às
diretorias das agências reguladoras do setor de infraestrutura. Segundo ele,
medidas como o fim do contingenciamento de recursos e a aprovação do projeto de
lei que estabelecem um marco legal para as agências poderiam aperfeiçoar a
atuação dessas entidades. O ministro do TCU reconheceu que as nomeações também
têm caráter político, mas argumentou que isso não pode atrapalhar a exigência
de formação técnica e outros méritos necessários para o exercício dessas
funções. Por outro lado, José Jorge salientou que é comum as agências ficarem
“acéfalas” pela falta de dirigentes. Para evitar o problema, o tribunal
recomenda que as indicações sejam feitas com mais antecedência, principalmente
porque o tempo de mandato é predeterminado. Outro ponto assinalado pelo TCU foi
o financiamento das agências: seu orçamento faz parte do orçamento dos
ministérios a que estão vinculados, o que reduz sua autonomia, não apenas a
financeira. Além disso, as agências se defrontariam com o contingenciamento de
recursos, promovido pelo governo federal. Por essa razão, o TCU defende um
orçamento específico para as agências, independente do orçamento dos
ministérios e também recomenda o fim do contingenciamento. (Agência
CanalEnergia – 05.06.2012)
Quarta, 6 de junho de 2012
TCU defende mais rigor nas sabatinas com indicados à agências reguladoras
TCU: agências reguladoras precisam de orçamento próprio
O ministro do TCU José Jorge
afirmou, dia 5 de junho, durante audiência pública na Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado, que é necessário que as agências reguladoras tenham
orçamentos próprios, desvinculados do Orçamento Geral da União. “A primeira
questão é que o orçamento da agência está inserido no orçamento do ministério
[da área], o que dá espaço para ingerências nas suas políticas. O que TCU
recomenda é que isso seja desmembrado”, explicou o ministro. José Jorge
ressaltou que atualmente o maior problema enfrentado é o contingenciamento pelo
governo dos recursos destinados às agências. Segundo ele, geralmente o dinheiro
só é repassado no fim de cada ano - e não em parcelas mensais de mesmo valor. O
membro do TCU apresentou aos senadores um estudo técnico que mostra o repasse
efetivo desses recursos que, sem exceção, fica sempre abaixo do valor
contingenciado pelo governo federal. Em sua prestação anual de contas relativa
a 2011, a Aneel chegou a fazer críticas às "restrições orçamentárias e financeiras"
que têm sido a ela impostas pelo governo federal nos últimos anos. De acordo
com o documento, a pressão sobre as verbas impacta as atividades e compromete
"a necessária liberdade" de planejamento e realizações do órgão.
(Jornal da Energia – 05.06.2012)
Diretor-geral da Aneel: Proinfa atrasou indústria eólica em pelo menos três anos
O diretor-geral da Aneel,
Nelson Hubner, disse no dia 5 de junho que continua com a opinião de que o
Proinfa atrasou a evolução da fonte no País em "pelo menos três
anos". Durante debate sobre o destino de usinas contratadas pelo programa
que entraram em operação somente em 2011, Hubner foi veemente nas críticas ao
modo como o Proinfa foi conduzido. Hubner afirma que em 2006, quando ficou
claro que os projetos não sairiam do papel e aconteceu a primeira prorrogação
do prazo, para 2008, era claro que o problema havia sido o índice de
nacionalização proposto, uma vez que havia apenas um fabricante do setor
instalado no Brasil. De acordo com o dirigente da Aneel, apenas um investidor
cumpriu o cronograma original. Para ele, "não foi o Proinfa que
permitiu" esse avanço dos fornecedores, mas sim "a política
permanente de leilões competitivos que começou depois de 2009". (Jornal da
Energia – 05.06.2012)