A Eletrobras pode fechar uma
parceria com a chinesa State Grid para disputar os leilões das linhas de
transmissão que conectarão a usina de Belo Monte (11.233 MW – PA) às regiões SE
e NE. "Temos um memorando de entendimentos com eles (State Grid) [...] Há
uma parceria em uma obra de transmissão de Furnas, mas é pequena. Para os
projetos maiores, não obtivemos sucesso nas primeiras negociações. Mas estamos
abertos. Podemos participar na linha de Belo Monte", afirmou o presidente
da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto. As linhas de Belo Monte são declaradamente
o principal alvo da State Grid no Brasil no curto prazo. Conta a favor da
chinesa a experiência na construção e operação de linhas de transmissão de
corrente contínua e em extra-alta tensão. Já a Eletrobras planeja ter uma
participação no projeto por ser considerado estratégico para o abastecimento
elétrico do país. Com esse mesmo objetivo, a estatal participa dos consórcios
responsáveis pelas obras das duas linhas de transmissão que vão integrar o
complexo hidrelétrico do Rio Madeira (RO) a São Paulo. (Valor Econômico –
11.06.2012)
Segunda, 11 de junho de 2012
Eletrobras avalia aliança com chinesa State Grid
Eletrobrás espera definição sobre concessões
A Eletrobrás aguarda a
definição pelo governo federal sobre as concessões de geração, transmissão e
distribuição que vencem entre 2015 e 2017 para lançar o plano diretor de
negócios 2012-2016. A estimativa da empresa é que a definição das concessões,
tanto pela renovação com redução tarifária como por uma nova licitação, afete
em R$ 5 bi a receita da companhia. O presidente da Eletrobras, José da Costa
Carvalho Neto, porém, explicou que essa perda será praticamente compensada pela
receita oriunda da participação em usinas em construção que entrarão em
operação até 2015. A estatal vai elaborar um plano diretor específico para cada
empresa do grupo, inclusive para a Celg, cuja aquisição foi questionada pelos
investidores. Segundo o executivo, o governo goiano já quitou R$ 3 bi de
dívidas da Celg. Faltam ainda R$ 500 mi previstos no acordo, o que vai sanar as
contas da distribuidora. Ele argumentou ainda que o prejuízo anual das
distribuidoras do grupo caiu de R$ 1,6 bi, em 2010, para R$ 931 mi, no ano
passado. A meta é que as distribuidoras passem a dar lucro a partir de 2014.
(Valor Econômico – 11.06.2012)
Diretor da Eletroacre comenta dificuldade de adaptação da distribuidora às regras para atuar no SIN
O diretor de operações da
Eletroacre, Celso Mateus, conta que foi bastante árduo adaptar a distribuidora
às regras que estão sujeitas as concessionárias que atuam no sistema
interligado. Responsável pelo dia a dia da empresa, Mateus diz que as
dificuldades para tocar a distribuidora são enormes. Deficitária, como quase
todas as outras distribuidoras da Eletrobras, a Eletroacre precisa expandir o
sistema elétrico ao passo do forte crescimento do PIB acreano. O nível de inadimplência
mensal é da ordem de 10%, principalmente oriundo de consumidores residenciais e
comerciais. Porém, o acumulado já beira os R$ 80 mi. As perdas totais da
concessionária totalizaram em abril deste ano 22,78%. Como ficou muito tempo
sem investimento, a empresa corre contra o tempo para adequar sua
infraestrutura à nova realidade do setor elétrico nacional. (Agência
CanalEnergia – 08.06.2012)