Energias Renováveis

Com 48% de sua matriz energética apoiada em fontes limpas, o país lidera os esforços em direção à energia renovável e acessível para a maioria da população brasileira e tem sabido aproveitar as oportunidades criadas pelas áreas de geração e cogeração. Intitulado "Análise da Qualidade da Matriz Elétrica Mundial", o estudo apresentado no evento Humanidade 2012 mostrou que, em um ranking que lista os 71 principais países, o Brasil é o 5º melhor posicionado. Para cada gigawatt gerado, o Brasil emite 60,6 toneladas de gás carbônico (CO2) equivalente, quase dez vezes menos do que a média mundial, de 504 toneladas aproximadamente. O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, alertou, no seminário, para a diferença de custo em comparação com outros países. Os brasileiros pagam R$ 329 por MW/h enquanto o preço médio mundial é R$ 215. Vieira explicou que metade do preço que o brasileiro paga pela energia é composta por impostos e encargos de várias categorias. (Valor Econômico – 21.06.2012)

A Financiadora de Estudos e Projetos, agência pública de fomento ao desenvolvimento tecnológico, oficializou um convênio com o Banco de Desenvolvimento da América Latina para destinar US$200 milhões a projetos de energia renovável. A parceria prevê destinar US$200 milhões a um programa de financiamento de empreendimentos que incluirá o Brasil e os 18 países-membros do banco, que atua na região da América Latina e Caribe. Para o presidente do CAF, Enrique Rodríguez, é importante neste momento, para a região, “promover instrumentos em nível técnico para a preparação de estudos, apoiar pesquisas e financiar projetos em empresas privadas ou públicas que sigam esta linha”. Segundo Rodríguez, da CAF, um dos resultados esperados é a criação de uma agência de patentes para a região, para o registro de produtos e processos nos principais mercados e garantir a competitividade dos polos locais. (Jornal da Energia – 22.06.2012)

A Câmara dos Deputados está analisando o Projeto de Lei 3048/11, que tem como objetivo estimular a implantação de usinas de baixa potência que fazem uso de fontes renováveis. Pela proposta, a Aneel estipulará um percentual de redução, que não poderá ser inferior a 70%, a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição nos empreendimentos com fonte eólica ou solar de pequeno porte. Atualmente, o percentual de redução é de 50%, que também incide na produção e no consumo da energia comercializada. Com isso, de acordo com o deputado, o consumidor terá descontos maiores quando se tratar de fontes solar, eólica, geotérmica, de biomassa e a partir das marés. O projeto prevê ainda que o licenciamento de empreendimentos geradores de energia com essas fontes será objeto de licenciamento ambiental simplificado. A matéria tramita em caráter conclusivo e será examinada pelas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência CanalEnergia – 20.06.2012)