O imbróglio causado pela
previsão de longos atrasos na entrega das ICGs que ligarão parques eólicos ao
sistema se tornou-se tão grande que o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner,
sugeriu que o governo abandone a ideia de usar essas estruturas. A Aneel
calcula que os consumidores pagarão R$377 milhões por uma energia não entregue,
uma vez que a Chesf prevê colocar as ICGs para funcionar somente em meados de
2013, alegando demora no licenciamento ambiental. Outro dos diretores da Aneel,
Edvaldo Santana, disse que foi “um dos grandes incentivadores das ICGs”, mas
que não se pensou, na época, que as obras “poderiam cair na mão de alguém que
não faria”. E concordou com Hubner sobre a possibilidade de mudar o atual
modelo. Recentemente, a Aneel revelou que pretende incluir nos próximos leilões
regras que impeçam empresas com obras em atraso de participar de leilões de
novos empreendimentos. (Jornal da Energia – 26.06.2012)
Quarta, 27 de junho de 2012
Aneel sugere que governo abandone a ideia de ICGs para eólicas
Punição para a Chesf por atraso em entrega de ICGs
O relator do processo
referente ao imbróglio dos longos atrasos na entrega das ICGs que ligarão
parques eólicos ao sistema, Romeu Rufino, disse que a agência vai apurar a
responsabilidade da Chesf pelo não cumprimento dos cronogramas. A estatal alega
lentidão no licenciamento ambiental para justificar as dificuldades. Mas Rufino
apontou que a área de fiscalização da Aneel vai checar a situação, podendo
executar as garantias depositadas pela empresa para os projetos. Rufino apontou
que mesmo eventuais multas e execução de garantias da Chesf “não chegariam nem
perto” do prejuízo causado aos consumidores pela não conclusão das obras a
tempo. E disse que a Aneel buscará argumentos para responsabilizar a companhia
ao máximo pelo problema. Até porque a arrecadação com as multas ou garantias
não seria revertida para a modicidade tarifária, o que faria com que o
consumidor continuasse com o ônus. (Jornal da Energia – 26.06.2012)
Eletrosul: R$1 bilhão para complexo eólico no Rio Grande do Sul
A Eletrosul anunciou que fará
um investimento de mais de R$1 bilhão em empreendimentos eólicos no Rio Grande
do Sul ao longo dos próximos anos. O valor foi revelado durante a instalação do
escritório da companhia no município de Santa Vitória do Palmar - que simboliza
o início dos trabalhos para a construção do Complexo Eólico Geribatu (258MW),
que terá 129 aerogeradores. O escritório também atenderá outro complexo eólico,
no município de Chuí, com 144MW de capacidade instalada. Segundo o diretor de
engenharia e operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, desde 2005 a
empresa vem estudando os ventos na região. "É um projeto de grandes
dimensões. Poucos lugares no Brasil têm um empreendimento desta
magnitude", disse. "Construiremos aqui o maior parque eólico da
América Latina”. (Jornal da Energia – 26.06.2012)