Com um aumento na participação
de empresas estrangeiras, o Brasil atingiu um número recorde de fusões e
aquisições durante o primeiro semestre deste ano. A informação faz parte da
pesquisa trimestral da auditora KPMG. Entre janeiro e junho, foram 433
operações finalizadas, 54 a mais do que no mesmo período de 2011. Os grupos
estrangeiros fortaleceram sua posição dentro do mercado nacional. Desse total
de fusões e aquisições na primeira metade de 2012, 225 companhias de fora
compraram participação no capital social de brasileiras ou outras estrangeiras
que estão no país. No âmbito global, foram os setores de energia e mineração
que mantiveram o mercado de fusões e aquisições aquecido no mês de maio,
segundo levantamento do Merrill DataSite em parceria com a consultoria
MergerMarkets. Na América Latina, o setor de energia respondeu por 37,7% dos
US$ 10,9 bi em operações de fusões e aquisições movimentados ao longo do mês de
maio. (Valor Econômico – 05.07.2012)
Quinta, 5 de julho de 2012
Brasil atinge recorde de fusões e aquisições no 1º semestre
AES Brasil ameniza impacto da revisão tarifária que derrubou ações
O presidente da AES Brasil,
Britaldo Soares, disse que pode ter havido uma precipitação dos analistas de
mercado sobre resultado do 3º clico de RTP da Eletropaulo. A decisão da
diretoria da Aneel provocou uma queda drástica das ações da companhia. “Foi uma
primeira reação do mercado enquanto a Aneel não havia publicado os materiais da
revisão. Com as publicações que estão sendo feitas, as coisas vão ficar mais
claras”, afirmou Soares. O executivo tratou de amenizar o impacto financeiro da
revisão tarifária, processo que cada distribuidora do país é submetida a cada
quatro anos. “Aquilo que efetivamente foi aprovado na revisão da Aneel não é
diferente daquilo que estava na audiência pública”, avaliou. “Na realidade,
houve uma evolução da base de remuneração da Eletropaulo. Obviamente, que
existem pontos ainda a serem discutidos com a agência”, disse Soares ao cogitar
a hipótese de a companhia entrar com recurso administrativo sobre a decisão da
diretoria. (Valor Online – 04.07.2012)
Light monta estratégia para revisão tarifária
O corte acima do esperado nas
tarifas cobradas pela Eletropaulo serviu de alerta para outras distribuidoras,
que também passarão pelo terceiro ciclo de RTP. A Light adotou medidas para
melhorar a contabilização de seus investimentos e conseguir, assim, passar pelo
crivo da Aneel sem grandes sustos. A RTP da distribuidora só será feita em
novembro de 2013. Mas entrarão apenas nas considerações da Aneel os recursos
aplicados pela companhia até maio do ano que vem. Em reunião com analistas de investimentos,
o diretor financeiro da Light, João Batista Zolini Carneiro, afirmou que a
empresa investiu desde a sua última revisão tarifária, em 2009, R$ 2,7 bi nos
chamados ativos elétricos. A Light conta com a vantagem de ser a última
distribuidora da fila nesse terceiro ciclo de revisão tarifária, o que lhe dará
mais tempo para realizar ajustes. Segundo Carneiro, a companhia, que adota o
sistema de gestão SAP, está treinando seus eletricistas para que eles lancem os
investimentos de forma correta e vem realizando simulações das auditorias
realizadas pela Aneel. (Valor Econômico – 05.07.2012)