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A greve dos funcionários da Eletrobras e subsidiárias deve se estender até o final desta sexta-feira (6/7), mas os representantes dos trabalhadores pensam em uma nova paralisação, por tempo indeterminado, caso não seja atendida a reivindicação de 10% de reajuste salarial. De acordo com o diretor do Sindicato dos Eletricitários do Rio de Janeiro e representante da AEEL, Emanuel Mendes Torres, o movimento tem a adesão de 96% da categoria, com exceção dos colaboradores de setores operacionais. Torres sinalizou que o movimento grevista tem consciência de que a Eletrobras precisa discutir a questão com o governo, mas ao mesmo tempo espera que na próxima reunião a estatal tenha algum posicionamento. Ele frisou ainda que, caso não haja um acordo, a intenção dos representantes é estenderem, a paralisação, de alguma forma, também para as áreas operacionais. (Jornal da Energia – 05.07.2012)

Resolvido o impasse em torno da revisão tarifária da Eletropaulo, a empresa poderá definir agora quais serão seus próximos passos. A companhia terá de apertar o cinto após ter suas tarifas reduzidas em 2,2%. Uma das questões que terá ser definida pela empresa é a distribuição dos lucros aos acionistas. As expectativas dos investidores são de que, após uma revisão tarifária ainda mais severa do que a prevista, não sobre muito dinheiro para os detentores de ações, entre eles a sua controladora, a AES. Em 2011, já em antecipação à revisão tarifária, a companhia reduziu de 100% para 50% a parcela dos resultados distribuída aos acionistas. Mas segundo Britaldo Soares, presidente da AES Brasil a revisão tarifária era "algo sabido". Ele garantiu que os investimentos de R$ 840 mi programados para 2012 não serão afetados, mas indicou que o fato de a Aneel ter estabelecido indicadores mais agressivos de qualidade, particularmente no que diz respeito às perdas não técnicas, não necessariamente implicará em maior volume de investimentos. (Valor Econômico – 06.07.2012)

A AES Eletropaulo está avaliando a possibilidade de entrar com recurso administrativo na Aneel questionando pontos da revisão tarifária periódica. Segundo o presidente da companhia, Britaldo Soares, ainda não há uma definição sobre os pontos que serão questionados. A distribuidora ainda está analisando a nota técnica da agência reguladora sobre o processo e também aguarda a liberação do voto do relator da Aneel na reunião extraordinária que definiu os parâmetros da companhia para o novo ciclo tarifário. Ele admitiu, porém, que um dos pontos que podem ser questionados é a mudança do índice regulatório das perdas não técnicas. "A mudança ocorreu após iniciar a audiência pública, e estamos analisando a coerência dessa mudança." Uma das principais reivindicações da Eletropaulo à Aneel na audiência pública da revisão foi sobre valores não considerados na base de remuneração. A companhia chegou ganhar em relação ao valor considerado pela Aneel inicialmente, mas Soares ainda vê espaço para melhora. (Estado de S. Paulo - 05.07.2012)