Relatório do Itaú BBA levanta questionamentos importantes sobre a situação financeira da Eletrobras. O banco trabalha com a possibilidade de que a prorrogação das concessões - considerando, como exigência do governo, queda de R$ 30 por MWh das tarifas de geração, e de 40% nas receitas permitidas para remunerar as atividades de transmissão - cause estragos em suas contas. Caso esses números se confirmem, o fluxo de caixa da Eletrobras perderá R$ 4,2 bi, o equivalente a 67% do Ebitda verificado no ano passado. O analista Marcos Severine, do Itaú BBA, destaca que as contas da Eletrobras já estão em "situação alarmante" e podem se complicar ainda mais. Ele lembra que a estatal tem se endividado para arcar com investimentos em megaprojetos de usinas hidrelétricas. (Valor Econômico – 26.07.2012)
Quinta, 26 de julho de 2012
Relatório do Itaú BBA analisa a situação da Eletrobras
Sindicato vê fim de greve na Eletrobras
Após uma tensa reunião a cúpula da Eletrobras chegou a um acordo com os sindicalistas que pode pôr fim à paralisação dos trabalhadores, que já dura nove dias. O representante dos funcionários diz que a cada rodada de diálogos o encontro tinha que ser paralisado para que a empresa submetesse as informações sobre a negociação ao governo. O pedido da categoria era por um reajuste de 10,73%, mas o acordo fechado até o momento prevê os 5,1% de reposição inflacionária já oferecidos anteriormente pela Eletrobras mais 1,5% de ganhos reais. O valor será retroativo a maio e, por isso, os trabalhadores ganharão também quatro cartelas de tíquetes de benefícios em agosto. Além isso, a FNU conseguiu a formação de duas comissões, uma para discussão plano de saúde para os aposentados e outra para acompanhamento de como será o impacto da renovação das concessões no desempenho da companhia. Com isso, as atividades nas áreas paradas podem ser retomadas na sexta e no sábado. (Jornal da Energia – 26.07.2012)
Petrobras cobra conta de R$ 2,4 bi da Amazonas Energia
A Petrobras decidiu pôr fim ao calote que a BR Distribuidora vem levando da Amazonas Energia, controlada pela Eletrobras. A origem do problema, sob o ponto de vista da Eletrobras, é uma divergência de interpretação entre a concessionária de energia e a Aneel com relação às regulamentações sobre as despesas cobertas pela bilionária CCC. A Eletrobras já acertou com a BR o parcelamento de uma parte da dívida, no valor de R$ 725 mi, o que ainda não foi aprovado pelo seu conselho de administração. Ainda não há acordo sobre os R$ 1,6 bi restantes. A Eletrobras também pode ter perdas com a renovação das concessões do setor elétrico em 2015. Ninguém tem dúvidas sobre a decisão da presidente Dilma de prorrogar os contratos com exigência de redução nas tarifas de geração. Se essa redução for de R$ 30 por MWh, como se estima, o fluxo de caixa da Eletrobras perderá R$ 4,2 bi. (Valor Econômico – 26.07.2012)